Interferência de plantas daninhas ocasionam perdas na produtividade de abóboras híbridas

Crédito Ana Maria Diniz

Publicado em 24 de agosto de 2018 às 12h52

Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 12h52

Acompanhe tudo sobre Abóbora, Abobrinha, Água, Cálcio, Colheita, Herbicida, Moranga, Pós-colheita, Transplantio e muito mais!

Antonia Mirian Nogueira de Moura Guerra

Professora de Olericultura – Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB campus Barra)

mirianagronoma@hotmail.com

Maria Gabriela Magalhães Silva

Graduanda em Agronomia – UFOB campus Barra

 Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

As abóboras são amplamente cultivadas em todo o Brasil, tendo maior importância no Norte e Nordeste, onde seu cultivo desempenha um papel importante tanto no valor econômico quanto alimentar.

Em dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação),a produção mundial de abóboras, em 2010, foi de 22,4 milhões de toneladas, cultivadas em área de 1,67 milhão de hectares, proporcionando uma produtividade média de 13,4 t ha-1.

No Brasil, os dados referentes à comercialização são escassos, sendo a última informação disponível em 2006, com área colhida de 88.203 ha, 384.916 t produzidas, que proporcionaram uma produtividade média de 4,4 t ha-1, com valor da produção de R$ 1,52 milhões, cultivada em mais de 127 mil estabelecimentos agropecuários.

Os Estados do Nordeste representaram 24,1% da produção nacional, sendo os maiores produtores a Bahia, Maranhão e Pernambuco.

As abóboras são ricas em vitamina A, importante para o bom funcionamento do organismo, e contém o licopeno, um elemento essencial para a visão. A hortaliça também possui vitaminas do complexo B; sais minerais como o cálcio e o fósforo; além de ser provida de propriedades laxativas e diuréticas.

Um pouco sobre a cultura

Crédito Agristar
Crédito Agristar

De forma popular, é utilizado o termo “abóboras“ para designar plantas do gênero cucurbita, contudo, existem cinco espécies distintas neste gênero, sendo três delas amplamente conhecidas e cultivadas: Cucurbita moschataDuchesne (abóboras), Curcubitamaxima Duchesne (morangas ou jerimum) e CurcubitapepoL. (abobrinhas italianas).

Além dessas, existe a abóbora híbrida, também conhecida como “tetsukabuto, cabotiá, abóbora japonesa ou moranga japonesa“, um híbrido interespecíficooriginado do cruzamento entre linhagens selecionadas de abóboras (Curcubita moschata) e morangas (Curcubita maxima) obtidas no Japão.

A abóbora Tetsukabuto apresenta precocidade e estabilidade de produção, resistência à broca, uniformidade no tamanho e na coloração do fruto, sabor agradável, polpa enxuta e baixo teor de fibras.

Além disso, tem boa conservação pós-colheita, com casca resistente, o que facilita o transporte, comercialização e a resistência ao armazenamento.

Desempenho da cultura e interferência de daninhas

As abóborassão plantas de ciclo anual, em que ocorre o desenvolvimento simultâneo da parte vegetativa, da floração e da frutificação.Apresentam hábito de crescimento indeterminado, as ramas são alongadas, podendo atingir seis metros.Com essas características, é uma cultura que demanda amplo espaçamento entre as fileiras de plantio.

Apresentam, ainda, crescimento inicial lento até os 50 a 60 dias após semeadura/transplantio, baixa cobertura do solo,mesmo com o crescimento rasteiro, o que a torna suscetível à competição com plantas daninhas.

Controle do mato

O controle das plantas daninhas é fundamental para a produtividade da cultura, pois a comunidade infestante interfere quantitativa e qualitativamente na produção dos frutos, dificulta o manejo, além de hospedar e disseminar pragas e doenças.

A escolha do método de controle e quando ele deve acontecer é algo bastante discutido. O controle mecânico, com uso de enxada ou cultivadores, ainda é o método mais utilizado. Embora apresentando baixa relação custo/benefício, o controle mecânico pelas capinas ainda é amplamente adotado, pois temos as abóboras exploradas, na sua maioria, por pequenos ou médios agricultores em áreas inferiores a cinco hectares.

Um ponto ao qual o produtor deve estar atento na capina manual é que o sistema radicular se desenvolve superficialmente e tem dificuldades de se regenerar em casos de danos mecânicos. Danos à estrutura radicular afetam negativamente o desenvolvimento da planta e a formação dos frutos, devido ao comprometimento na absorção de água e nutrientes. Assim, executá-la com cuidado, de forma superficial, a fim de garantir a integridade das raízes, é uma das recomendações, de modo a minimizar danos.

No Brasil não há herbicidas registrados para o uso nas abóboras, embora existam alguns que são seletivos e utilizados em outros países, restando para os produtores a capina manual ou mecanizada, ou optarem pela utilização de herbicidas que não são registrados para a cultura, mas que exercem efeito seletivo.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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