Sarna da macieira exige atenção do produtor

Os aminoácidos têm interação com a nutrição das plantas - Crédito Gilmar Gomes

Publicado em 11 de julho de 2017 às 21h09

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 21h09

Acompanhe tudo sobre Adubação, Aminoácido, Colheita, Fruta, Germinação, Nutrição, Poda, Pós-colheita e muito mais!

Givago Coutinho

Engenheiro agrônomo e doutor em Fruticultura

givago_agro@hotmail.com

Herick Fernando de Jesus Silva

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia/UFU

herickfernando@gmail.com

 

Os aminoácidos têm interação com a nutrição das plantas - Crédito Gilmar Gomes
Os aminoácidos têm interação com a nutrição das plantas – Crédito Gilmar Gomes

Dentre as fruteiras de clima temperado, a macieira se encontra entre as mais cultivadas no Brasil. Anualmente, são colhidos em todo o território nacional frutos que são destinados tanto ao abastecimento do mercado interno quanto à exportação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016 foram colhidas 1.064.708 toneladas da fruta e para 2017 é esperado um aumento de 13,0% em relação ao ano anterior.

Porém, para que o sucesso na produção seja alcançado, a cultura exige uma série de técnicas de manejo ao longo de todo o processo produtivo, que vão desde a escolha de cultivares, mudas de qualidade, adubação, passando pela poda, raleio de frutos, até etapas de colheita e pós-colheita, além de passar também pelo controle de pragas e doenças.

Alerta geral

Dentre as doenças que acometem a macieira, encontra-se uma que ocasiona danos consideráveis à produção e constitui a principal moléstia na cultura: a sarna da macieira. Causada pelo fungo Venturiainaequalis (Cke.) Wint., cuja fase anamorfa corresponde à Spilocaeapomi Fr.,a doença está presente nos cultivos brasileiros desde 1950, sendo os primeiros relatos no Estado de São Paulo.

Além disso, a maçã foi a primeira fruta a obter o selo da Produção Integrada de Frutas no Brasil, sendo o marco do início desse processo produtivo entre os anos de 1996 e 1997.

Este selo garante a qualidade do produto, sendo reconhecido nos mais diversos países, obtendo, além do reconhecimento da qualidade, um valor de mercado maior por meio de uma série de exigências a serem adotadas no manejo seguindo as Normas para a Produção Integrada. Neste, são definidas as técnicas de cultivo, os agroquímicos registrados cuja utilização é permitida, a dose e situação na qual se permite seu uso, além de várias outras exigências.

Contudo, o cultivo requer cuidados especiais que garantam a qualidade do produto, a segurança alimentar do consumidor e a redução de possíveis danos ao meio ambiente. Assim, o estudo a cerca dos fatores que envolvem a produção torna-se de fundamental importância, visto a relevância do cumprimento das normas de produção, principalmente no que se refere ao controle da sarna, doença que, se não controlada, pode comprometer toda a produção, levando as macieiras à morte e dizimando os cultivos.

 

Prejuízos

A sarna constitui a doença mais importante que causa prejuízos ao cultivo da macieira. Ocorre em folhas, pecíolos, flores e frutas, e caso o controle não seja realizado de forma correta e em tempo hábil, toda a produção de frutas poderá ser perdida.

Doença de distribuição geral no mundo, esta doença constitui um grave problema nos cultivos da macieira em regiões temperadas e úmidas. Sua severidade pode variar entre um ano e outro e está associada, dentre outros, a fatores como:

ðVolume de inóculo primário que está presente em folhas caídas na área do cultivo;

ðFatores climáticos nas fases iniciais do ciclo vegetativo da macieira.

As perdas podem ser causadas de maneira direta pela queda de flores e depreciação comercial dos frutos e indireta pelo desfolhamento e, por consequência, a redução do vigor das macieiras.

Condições para o ataque

O agente etiológico causador da sarna da macieira tem seu ataque concentrado no período de ocorrência de chuvas e o período de infecção assim que se inicia o período de brotação das macieiras, em geral a partir do mês de agosto.

Algumas condições climáticas podem agravar o quadro de ocorrência da doença, como regiões onde a primavera e o verão apresentam umidade elevada e temperatura mais amena, como ocorre no Sul do País, local em que as perdas podem alcançar até 100% da produção.

Quando as brotações atingem o estágio denominado “ponta verde“, o fungo inicia o ataque, que vem comumente associado com a incidência de chuvas e temperaturas amenas.

Durante o inverno, período em que as macieiras se encontram em dormência, o fungo passa a seu estágio de sobrevivência em folhas caídas no interior do pomar, até que encontre novamente condições propícias e inicie um novo ataque.

Controle

O uso racional de fungicidas constitui a principal base do controle curativo da sarna, já que as principais cultivares comerciais são muito suscetíveis a essa doença. Esses agentes químicos recebem duas classificações quanto às suas atividades:

ÜPré-infecção ou protetora: dentre os fungicidas que englobam essa categoria estão o captan, folpet, mancozeb, dithianon, chlorothalonil, fluazinam e dodine. Esses fungicidas interferem na germinação dos esporos, por isso devem ser aplicados antes ou durante um período de infecção, preferencialmente até 24 horas após o início da chuva, período de grande favorecimento para o desenvolvimento inicial do inóculo.

Essa matéria completa você encontra na edição de Julho 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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