Respostas ao uso de adubos nitrogenados de liberação lenta no café

Crédito Miriam Lins

Publicado em 13 de junho de 2015 às 07h00

Última atualização em 13 de junho de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Adubação, Aminoácido, Biológico, Café, Nitrogênio, NPK, Oliveira, Orgânicos e muito mais!

Carlos Henrique Eiterer de Souza

Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia, professor adjunto do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Geociclo Biotecnologia S/A

Roberta Fusconi

Bióloga, doutora em Biologia e consultora técnica em Microbiologia/Pesquisa & Desenvolvimento Geociclo Biotecnologia S/A

 

Crédito Miriam Lins
Crédito Miriam Lins

O nitrogênio é um macronutriente essencial ao crescimento vegetal, e está presente nos aminoácidos, proteínas, DNA, RNA e outras estruturas celulares. Por outro lado, este elemento, apesar de ser o mais abundante na atmosfera (aproximadamente 80%), apenas os microrganismos que possuem a enzima nitrogenase são capazes de transformá-lo em amônia (NH3), forma nitrogenada passível de assimilação a vegetais e outros organismos. Esse processo biológico que ocorre de forma natural é denominado fixação biológica de nitrogênio (FBN).

No aspecto industrial, a quebra da molécula de N2, cujos átomos são mantidos unidos por uma ligação tripla extremamente estável, e a combinação de seus átomos com hidrogênio para a formação de amônia e outros produtos derivados, como sulfato de amônia e ureia, torna o processo de produção de adubos nitrogenados altamente consumidor de energia.

Assim, o alto custo energético de produção desses adubos associado à instabilidade do nitrogênio no solo, que o torna passível de perdas por volatilização e lixiviação, desafia a indústria a desenvolver fertilizantes nitrogenados que permitam potencializar a produtividade e atender à crescente demanda por alimentos e energia no mundo de forma sustentável.

Neste contexto, a Geociclo Biotecnologia S/A, pensando na maximização da eficiência do uso de nutrientes e na minimização dos impactos ambientais, tem desenvolvido e disponibilizado ao mercado fertilizantes especiais de liberação controlada de elevada eficiência agronômica.

Portfólio completo

A linha de fertilizantes especiais, dentre os quais o Geofert Nitro®, é fruto do investimento em pesquisa e desenvolvimento nos últimos seis anos em parceria com intuições como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Embrapa, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, IFTM e Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM).

O resultado é a associação do controle de liberação de nutrientes que estimula o desenvolvimento vegetal pela presença de substâncias húmicas ativas em uma matriz orgânica de alto valor agregado, levando tecnologia e inovação aos produtores de café.

 Crédito Cristiano Soares de Oliveira
Crédito Cristiano Soares de Oliveira

Geofert Nitro® na cafeicultura

A cafeicultura empresarial é caracterizada por lavouras de alto potencial produtivo com implementação tecnológica e manejo equilibrado da nutrição e sanidade. Nesse contexto, a cultura demanda elevadas quantidades de fertilizantes, principalmente os nitrogenados.

Estima-se que para cada saca de café beneficiado (60 kg) os cafeicultores aplicam de 5 a 7 kg de N, sendo alguns pontos levados em consideração, como época, quantidade e fertilizante utilizado na adubação.

Geralmente, em lavouras de sequeiro, a adubação se faz via solo com duas a quatro aplicações no período chuvoso. Tal prática de manejo tem elevado os custos de produção, principalmente pela dependência de mão de obra e entradas nas lavouras. Porém, para a maioria dos técnicos e cafeicultores ela se faz necessária devido à baixa estabilidade e pronta solubilidade do fertilizante escolhido, na maior parte das vezes a ureia.

Para atender os cafeicultores, a Geociclo Biotecnologia S/A traz para o mercado a linha Geofert Nitro®, fertilizante nitrogenado especial que associa controle de liberação de N à adição de compostos orgânicos de alta qualidade.

Na prática

 

Para comprovação da eficiência da linha de fertilizantes, foi conduzida uma série de trabalhos por universidades em lavouras comerciais nos últimos três anos, com dinâmica e fornecimento do nutriente em lavouras de café.

Nos laboratórios da Universidade Federal de Uberlândia os trabalhos demonstraram controle de liberação do Geofert e suas diferenças em relação aos minerais de alta solubilidade.

Esses trabalhos indicaram que o controle de liberação das linhas Geofert possibilita o fornecimento gradual de nutrientes para a solução, característica que previne excedentes de nutrientes fornecidos ao solo e, consequentemente, baixa eficiência no seu uso.

Trabalhos de campo realizados com linhas de fertilizantes nitrogenados, com e sem controle ou inibição de reação e liberação de nutrientes, demonstraram que, comparativamente, a linha Geofert Nitro® apresentou menores taxas de volatilização de NH3. De acordo com os resultados, a quantidade de NH3 volatilizada foi de até 50% em relação à ureia convencional e ureias revestidas.

Em lavouras comerciais os resultados apontaram aumento da eficiência no uso da linha Geofert em substituição à adubação mineral convencional, com equilíbrio da dose de NPK e redução de 20% nas quantidades aplicadas, além de aumento médio de duas sacas/ha em duas safras consecutivas.

Figura 1 - Curvas de liberação de nutrientes da linha Geofert Nitro® em comparação ao mineral convencional Figura 2 Figura 3 Figura 4

Essa matéria completa você encontra na edição de maio da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua para leitura integral! 

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