Inoculação elimina a adubação nitrogenada em feijão

Inoculação elimina adubação nitrogenada no feijão - Crédito Cristiano de Oliveira

Publicado em 1 de março de 2015 às 07h00

Última atualização em 1 de março de 2015 às 07h00

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Inoculação elimina adubação nitrogenada no feijão - Crédito Cristiano de Oliveira
Inoculação elimina adubação nitrogenada no feijão – Crédito Cristiano de Oliveira

A inoculação consiste em acrescentar bactérias fixadoras de nitrogênio, com cepas selecionadas, às sementes ou ao solo. Essas bactérias irão constituir novas estruturas nas raízes, denominadas nódulos, onde irá o nitrogênio será transformado em forma aproveitável pela planta.

Todas as plantas da família das leguminosas (feijão, soja, ervilha, alfafa etc.) se beneficiam da simbiose com bactérias. Segundo Roberto Berwanger Batista, presidente da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), algumas culturas, como a soja, podem conseguirtotalmente seu nitrogênio por meio desse sistema, enquanto outras obtêm de 60 a 90%. “Cepas selecionadas para maior eficácia podem aumentar ainda mais essas taxas de aproveitamento do N“, considera.

Vantagens para o feijão

Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e de universidades têm demonstrado aumentos de produtividade de aproximadamente 20% com o uso da inoculação. Assim, ao aliar esse aumento de produtividade com a redução do uso de fertilizantes nitrogenados sintéticos,Roberto Berwangerobserva evidentes vantagens para o agricultor; para o país, que reduz as importações de fertilizantes; e para o ambiente, trocando-se o uso de um insumo poluente e gerador de gás do efeito estufa por um produto natural, sem nenhuma contraindicação do ponto de vista da sustentabilidade.

O inoculante pode ser empregado de duas maneiras: na primeira, o produto é misturado com as sementes no momento do uso, utilizando-se máquinas específicas para esse tratamento ou betoneiras, tambores com excêntrico ou outro método que permita uma mistura adequada.

Outra forma indicada por Roberto Berwanger se refere à inoculação no sulco. “O produto é diluído em água e pulverizado, por meio de equipamentos apropriados, no sulco de plantio, na operação de semeadura“, diz.

Custo-benefício

A inoculação é a tecnologia com melhor relação custo-benefício existente na agricultura brasileira. A afirmação de Roberto Berwanger procede: “O inoculanteno Brasil é extremamente barato. Se um agricultor usar duas doses por hectare, trabalhando com todo esmero, investirá em torno de R$ 10,00. Ao pensar num aumento de produtividade de 20% sobre 2.000 kg de grãos, teremos 400 kg a mais de feijão ou 6,7 sacas. Como preço médio do feijão em R$ 100,00 a saca, o agricultor terá investido R$ 10,00,obtendo um retorno de R$ 670,00; logo, o lucro é de R$ 660,00/ha“, finaliza o especialista.

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