Produção integrada de tomate de mesa

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 07h50

Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 07h50

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Roberta Camargos de Oliveira

Engenheira agrônoma e doutora em Fitotecnia

robertacamargoss@gmail.com

JoãoRicardo Rodrigues da Silva

Engenheiro agrônomo

joaoragr@hotmail.com

Diego Tolentino de Lima

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia – ICIAG-UFU

diegotolentino10@hotmail.com

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

A conscientização em relação aos impactos que a qualidade dos alimentos ingeridos pode gerar na saúde ampliaram os esforços de governos para garantir a obtenção de frutas, verduras e legumes livres de resíduos de defensivos.

A expansão das exigências é forte em vários países desenvolvidos, especialmente europeus, com adesão dos demais países gradativamente, seja por necessidade para exportação ou para atender o mercado local. As preocupações determinam as mudanças de atitude, reflexo das pesquisas e disseminação dos conhecimentos em diversas áreas e das inter-relações entre elas.

O consumo de alimentos ‘seguros’ (livres de resíduos de agrotóxicos) está voltando os olhares para condições de gestão e operacionalização dos fatores de produção em geral, capazes de fornecer alimentos de qualidade, sanidade, sustentabilidade, rastreabilidade, certificação e menores impactos em níveis de comunidade e meio ambiente.

As novas abordagens geram produtos saudáveis, funcionais e com propriedades nutracêuticas em destaque.Dentre os alimentos funcionais, o tomate (Solanumlycopersicum) ocupa relevante importância pela presença de compostos fenólicos capazes de combater os radicais livres, o que auxilia na manutenção da saúde, além de ter sabor agradável, sendo integrante de várias opções gastronômicas.

Produção integrada proporciona uso mais racional dos insumos - Crédito Ana Maria Diniz
Produção integrada proporciona uso mais racional dos insumos – Crédito Ana Maria Diniz

Atualidade

Dada a sua ampla aceitabilidade pelos consumidores, a produção de tomate se destaca como a hortaliça de maior área plantada e de maior volume de comercialização. No entanto, para garantir a oferta destes frutos no mercado, há relatos de realização de grande quantidade de defensivos, por ser uma das culturas de maior complexidade agronômica, com suscetibilidade a um grande número de pragas e doenças.

Sabe-se que não são raras as ocorrências de aplicações seguindo calendários, sem adoção do monitoramento de pragas e doenças, sem orientações quanto aos níveis de danos econômicos, o que pode gerar uso exagerado de insumos, contaminações do ambiente e intoxicação dos trabalhadores no campo. Por fim, as ações sem os devidos cuidados elevam sobremaneira o custo e gera risco econômico e ambiental.

O uso exclusivo de produtos químicos, por promoverem soluções rápidas e de curto prazo, é realizado de forma aleatória, sem se preocupar com a relação custo/benefício. Além disso, os produtores sentem no bolso o alto custo pela ineficiência dos produtos ao longo dos anos, pois o uso incorreto de defensivos gera resistência dos insetos e patógenos às moléculas químicas, que passam a não controlar na dose recomendada, o que gera perda da tecnologia e de grandes investimentos de setores públicos e privados.

 A adoção de fertilizantes que maximizem a fisiologia da planta é uma tendência - Crédito Alltech
A adoção de fertilizantes que maximizem a fisiologia da planta é uma tendência – Crédito Alltech

Evolução

As mudanças de uma produção convencional para uma produção tecnológica, racional e sustentável inicialmente geram mudança de hábito das relações humanas e destas com o meio ambiente.

Os novos conceitos estão embasados no monitoramento de todas as etapas da produção, tecnologias apropriadas a cada cultura e análises de resíduos de agrotóxicos. Os resultados garantem a sustentabilidade do ambiente, por meio do uso racional de insumos agrícolas (fertilizantes, fungicidas, inseticidas, herbicidas, sementes melhoradas geneticamente e condução correta das etapas finais do cultivo: colheita e pós-colheita).

As mudanças não estão estritamente relacionadas ao controle fitossanitário, mas estes ganham maior relevância devido à suscetibilidade do tomateiro às pragas e doenças e são controlados majoritariamente com químicos. Apesar disso, busca-se, por outro lado, a adoção de outros mecanismos para associar ao químico, a exemplo: controle cultural, escolha de genótipos mais adaptáveis às regiões e incidências de moléstias comuns à área, entre outros.

A associação dos métodos de monitoramento para as principais pragas (armadilhas luminosas, que utilizam luz fluorescente, de comprimento de onda específico, para atração dos insetos e, portanto, quantificar a população de insetos), bem como os métodos de controle (químico, biológico e cultural) elimina a dependência exclusiva de produtos químicos.

Informação nunca é demais

Quanto ao uso do controle químico, a disseminação de informações com relação às técnicas corretas de seu uso são fundamentais para preservar a eficácia dos produtos, e com isso seguir as recomendações e aplicar no momento correto, na dose correta, de acordo com o nível de dano econômico (quantidade de patógenos e insetos em quantidades que geram prejuízos econômicos) beneficia toda a cadeia produtiva.

Conhecer os grupos químicos dos inseticidas, fungicidas, nematicidas e herbicidas é essencial ao uso dos produtos químicos, uma vez que a rotação dos princípios ativos dos produtos auxilia na manutenção da eficácia e garante o controle efetivo.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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