A produtividade média da cafeicultura no Brasil está estimada em 30,6 sacas por hectare, mas ela pode ser tranquilamente dobrada ou triplicada ao se utilizar a técnica de irrigação por gotejamento, onde além da água também é oferecido à planta, o fertilizante (fertirrigação) e, se necessário e possível, defensivos que combatem doenças. No Brasil a cafeicultura irrigada representa quase 450 mil hectares, pouco mais de 12% do parque cafeeiro. Porém, as áreas irrigadas são responsáveis por 30% da produção nacional de café, graças às grandes vantagens do cultivo irrigado comparado com o cultivo de sequeiro.
Conforme estudos realizados por pesquisadores do setor, a irrigação do cafeeiro melhora a qualidade do café porque as plantas estão sujeitas a déficit hídrico, o que pode causar deficiência no seu processo metabólico fazendo com que os frutos não se desenvolvam totalmente e acabem por produzir um fruto de qualidade inferior. “Além disso a técnica de irrigação propicia uma uniformidade maior na florada que proporcionará um maior percentual de frutos do tipo cereja e consequentemente uma bebida melhor”, afirma o gerente de vendas regional da Rivulis, Márcio Stocco. Ele diz que embora muitos acreditem que a irrigação aumente os custos, o retorno financeiro trazido pelo uso desta técnica, é garantido.
Várias atividades ao longo do ano tendem, sim, a baixar o custo de produção, como, por exemplo, a maior eficiência na aplicação da fertirrigação. Podemos citar também a menor circulação de máquinas nas lavouras, uma vez que tanto adubos como defensivos podem ser aplicados via água de irrigação.