Como cultivar acelga em estufas

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Publicado em 15 de agosto de 2018 às 12h51

Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 12h51

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Carla Verônica Corrêa

Doutoranda em Agronomia/Fisiologia Vegetal e Metabolismo Mineral – UNESP

cvcorrea1509@gmail.com

Luís Paulo Benetti Mantoan

Doutorando em Ciências Biológicas/Fisiologia Vegetal – UNESP

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São diversas as vantagens do cultivo protegido para a acelga, dentre as quais destacam-se:

_ Maior qualidade das folhas, pois há redução da incidência de doenças foliares, de lesões causadas por chuvas pesadas e granizo, redução de danos por vento e pragas;

_ Melhor desenvolvimento das plantas, ou seja, folhas maiores e viçosas;

_ Uso eficiente da água, pois há redução na intensidade e frequência de irrigações;

_ Redução de aplicação de defensivos;

_ Controle da umidade relativa do ar e umidade do solo, favorecendo o maior controle de fungos e bactérias do solo. No entanto, a desvantagem é a necessidade de maior investimento em cultivo com a construção e manutenção de estufas.

Benefícios

Ainda no caso da acelga, o maior benefício do cultivo protegido é a questão do preço pago durante o ano. Isso porque o preço dessa olerícola é elevado em períodos quentes e chuvosos, quando a produção em condições de campo é muito difícil. Assim, o produtor terá maior lucratividade durante o verão, em que o cultivo em ambiente protegido impedirá as perdas na cultura devido, por exemplo, a maiores intensidades de chuvas, granizo e ventos.

Portanto, com o cultivo em ambiente protegido, sem dúvida haverá aumento da qualidade. Isso se deve a vários fatores, como:

– Menores danos causados por pragas;

– Menor incidência de doenças que depreciam a qualidade do produto, tanto do ponto de vista visual como de durabilidade pós-colheita;

– Menor residual de produtos.

Manejo

O maior benefício do cultivo protegido para a acelga é a questão do preço pago durante o ano
O maior benefício do cultivo protegido para a acelga é a questão do preço pago durante o ano

A semeadura da acelga deve ser realizada também em ambiente protegido, empregando substrato de qualidade e realizando fertilização equilibrada para o desenvolvimento equilibrado entre parte aérea e raízes.

O transplante dessas mudas ocorre entre 20-30 dias e é realizado em solo com canteiros previamente preparados seguindo a recomendação dos boletins de fertilidade do solo de cada região. Porém, algumas características são cruciais, como: pH do solo em torno de 6,5, saturação de bases superior a 60%.

Caso os teores de fósforo e potássio estejam adequados, fornecer: 250 kg de fósforo no plantio, 150 kg ha-1 de nitrogênio e 150 kg ha-1 de potássio parcelado junto com nitrogênio.

Caso o produtor utilize fertirrigação, o fornecimento destes nutrientes será diariamente, de acordo com tabelas desenvolvidas perante as necessidades da cultura em cada fase de seu desenvolvimento.

No entanto, o produtor deve realizar a análise química de solo para evitar carência ou excesso de nutrientes. Os canteiros podem ser cobertos com mulching, para evitar a excessiva evaporação de água do solo e reduzir o crescimento de plantas invasoras.

O controle de pragas e doenças deve ser realizado de acordo com as necessidades da cultura, sempre fazendo a rotação de ingrediente ativo para evitar o surgimento de resistência. Outro ponto crucial é a realização de rotação de cultura, o que reduzirá de modo significativo a incidência de pragas e doenças e, consequentemente, a frequência de aplicação de defensivos.

Cuidados

Os cuidados para com a acelga são os mesmos que para qualquer outra cultura. No entanto, o produtor deve ter cuidado com a adubação, irrigação e pulverização, que em ambiente protegido deve ser realizada com menores concentrações e intensidades.

No caso de fertilizantes, como não há chuvas intensas, os problemas com salinização do solo são mais comuns. Outro ponto importante, caso o cultivo seja realizado em solo, é a necessidade de rotação de cultura para reduzir a incidência de pragas e doenças.

Essa matéria completa você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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