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Rede de pesquisa avalia eficiência de fungicidas contra ramulária

Crédito Ademir Torchetti

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 19h59

Última atualização em 14 de agosto de 2018 às 19h59

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Pesquisa está sendo financiada pela Abrapa através de recursos do IBA, e por empresas de agroquímicos

Crédito Ademir Torchetti
Crédito Ademir Torchetti

Uma rede de pesquisa composta por profissionais da Embrapa, empresas de pesquisa e consultoria e empresas de agroquímicos estão avaliando durante esta safra a eficiência de 19 fungicidas no controle da mancha de ramulária, hoje considerada a principal doença do algodoeiro no país, responsável por até 12 pulverizações durante uma safra em regiões mais suscetíveis ao patógeno.

A pesquisa está sendo financiada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), através de recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e por empresas de agroquímicos.

O pesquisador da Embrapa Algodão, Alderi Araújo, que coordena a iniciativa, explica que além de estabelecer uma rede de ensaios nas principais regiões produtoras do país, o estudo também visa investigar a existência de fungos resistentes aos produtos químicos utilizados no controle da ramulária. “Os produtos que estão sendo utilizados nem sempre apresentam uma resposta satisfatória, o que nos leva a suspeita de resistência a esses produtos. Diante da gravidade desse problema, produtores, pesquisadores, consultores e empresas estão articulados para no final desta safra termos informações para permitir ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações“, afirmou.

Os ensaios estão sendo realizado em 12 áreas, distribuídas entre os principais estados produtores de algodão ” Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Sobre a ramulária

Os primeiros sintomas da ramulária são manchas verde azuladas, porém os sintomas mais característicos da doença são pequenas lesões na parte inferior da folha, delimitadas pelas nervuras, cobertas por uma esporulação branca. Em condições intensas as lesões também são observadas na face superior da folha.

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Ataques de alta severidade causam a queda prematura das folhas e quando não são adotadas medidas adequadas de controle, a produtividade é prejudicada. Além disso, a desfolha intensa também pode causar a abertura precoce dos capulhos, o que prejudica a qualidade da fibra. Em cultivares mais suscetíveis à ramulária, a queda de produtividade pode alcançar 75%. A dispersão do patógeno ocorre facilmente pela ação do vento ou pelo trânsito de máquinas na lavoura.

Entre as medidas de controle recomendadas pela pesquisa estão o plantio menos adensado para reduzir o sombreamento da cultura, o manejo adequado de reguladores de crescimento, visando evitar o crescimento vegetativo vigoroso, levando a um sombreamento excessivo na parte inferior das plantas, a adoção de cultivares com algum nível de resistência, o monitoramento da lavoura desde cedo e o controle químico, com uma média de quatro a oito pulverizações, podendo chegar a 12 em casos mais severos.

Essa matéria você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

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