‘Pegada de Carborno’: conceito é desconhecido para quase metade das empresas

Informação é de um estudo do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Publicado em 12 de maio de 2022 às 17h39

Última atualização em 12 de maio de 2022 às 17h39

Acompanhe tudo sobre cálculo, Empresas e muito mais!
Pixabay

Redução nas emissões de carbono é um tema de relevância mundial desde o Acordo de Paris, e mais recentemente, a COP26 colocou em destaque o tema da regularização do Mercado de Carbono. Entretanto, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) no início de maio, apontam que 45% das empresas entrevistadas possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre o conceito Pegada de Carbono — primeiro passo para estipular metas e reduzir emissões.

O Brasil estipulou — em novembro de 2021 — uma redução de 50% nas emissões de GEE a ser alcançada até 2030, além de ser um dos países mais promissores no Mercado de Carbono, com potencial de US$ 100 bilhões até o mesmo ano. Porém, o desconhecimento das empresas acerca do tema acende um alerta.

Em tramitação no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 528/2021 propõe regulamentar esse mercado, com a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) — previsto na Lei Federal (12.187/09), que instituiu a Política Nacional de Mudança do Clima. “A regulamentação pode colocar o assunto em maior evidência e incentivar todas as organizações, independentemente do setor ou porte, a se familiarizarem com o tema, calcular sua Pegada de Carbono e traçar metas para reduzir, quando possível, a emissão de GEE”, explica Alessandra Gaspar Costa, diretora executiva da APCER Brasil, empresa de certificação de origem portuguesa e líder de certificação em Portugal.

O PL prevê a criação do Sistema Nacional de Registro de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa — SNRI-GEE, órgão que será responsável por registrar e analisar a credibilidade dos projetos de redução, inclusive para as transações nacionais e internacionais de créditos de carbono do país.

Uma tonelada de GEE não lançada a atmosfera equivale a um crédito de carbono, “moeda” que poderá ser negociada com governos, empresas e/ou pessoas físicas, que possuem metas obrigatórias de reduções (leis ou tratados internacionais, como o Acordo de Paris) e não conseguem fazer a redução.

Cálculo da Pegada de Carbono

Para as organizações que desejam contribuir com a meta estipulada e entrar nesse mercado bilionário, é necessário calcular sua Pegada de Carbono, uma metodologia que nasceu para medir a emissão de gases de GEE de um indivíduo, evento, organização ou produto.

“Ter conhecimento das emissões de GEE e calculá-las passa a ser indispensável para que a sua redução aconteça, desacelerando o aquecimento global e melhorando a vida no planeta”, pontua Alessandra Gaspar Costa. “Para o cálculo da pegada de carbono, a APCER utiliza as medidas internacionais ISO 14064 e Greenhouse Gas Protocol, criando assim uma base para estabelecer estratégias que reduzam ou neutralizem emissões de GEE”, conclui Alessandra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Tipos de abacate: conheça as variedades mais cultivadas no Brasil

2

Limão caviar: a fruta exótica que vale mais de R$ 2.000 por quilo

3

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

4

Panorama da produção de framboesa

5

Estufas para folhosas: proteção e qualidade o ano todo

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Mariangela Hungria no laboratório

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

Laranja-1-1

Safra de laranja 2025/26 em SP e MG é estimada em 314,6 milhões de caixas

Foto: Eudes Cardoso

Embrapa e Ufersa disponibilizam cultivar de porta-enxerto de maracujá resistente à fusariose

Foto: Shutterstock

Entrega de fertilizantes ao agronegócio cresce no 1º bimestre de 2025