Monitoramento é fator decisivo contra a proliferação da Helicoverpa no Mato Grosso

Helicoverpa armigera

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 13h53

Última atualização em 4 de janeiro de 2016 às 13h53

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Segundo especialistas, fazendas com prevenção contínua não apresentam chance de surto ao contrário das lavouras que não investiram na manutenção

 

Helicoverpa armigera
Helicoverpa armigera

Há mais de cinco safras, a Helicoverpa armigera tem causado grandes danos nas lavouras e gerado forte impacto na economia agrícola do Mato Grosso. Desde o final do ano passado, o estado se encontra em emergência sanitária na luta contra a praga. Porém, ainda assim, em 2015 grandes plantações foram atacadas pela larva.

Em posts divulgados no início de dezembro no Facebook do coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, uma fazenda em Campos de Julio teve 53,2% de suas vagens afetadas. Segundo ele, desde que a Helicoverpa chegou ao Brasil, este foi um dos maiores ataques da praga que já viu.

A ausência de monitoramento constante é um dos principais fatores que influenciam na propagação da lagarta. De acordo com especialistas, o método é fundamental para que o produtor saiba quais as reais condições da lavoura em relação à presença, controle e danos, porque só assim é possível identificar a hora certa de aplicação de agentes de acordo com o nível dos problemas.

A continuidade de aplicação das técnicas traz benefícios claros para os produtores. Muitos afirmam que a manutenção das armadilhas e o controle biológico fizeram com que a lagarta não ameaçasse o início da safra. “Estamos monitorando a aparição da Helicoverpa e tudo está controlado graças a isso“, afirma o produtor rural, Moacir Pecinin.

Na lavoura Pivatto, os engenheiros agrônomos Ademir Pivatto e José Roberto Santos de Souza fazem duas vezes por semana o monitoramento, não só com armadilha, mas também com pano de batida. “Fazemos a contagem de lagartas pequenas, médias, grandes, presença de ovos e presença de mariposas“, diz Ademir. “Desde o início ela está presente, apareceu bem cedo, já na emergência, mas não tem aumentado graças ao monitoramento.“

O Mato Grosso segue com medidas de eliminação da lagarta, a qual ainda pode causar muitos estragos, em especial nas safras de soja, milho e algodão. Uma dessas medidas, o monitoramento, conta com o apoio da IHARA, que trabalha na conscientização dos produtores locais, fornecendo informações e ferramentas para o combate da lagarta.

Apesar de ter sido mais controlada no último ano, a praga inda pode causar estragos, justamente por conta do descuido. Como não houve pressão em 2014, muitos produtores relaxaram o monitoramento por conta do clima que não estava favorável para proliferação.

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