Edge Computing

Vivemos em um momento de forte avanço tecnológico na agricultura, em que a alta velocidade da ...
Tecnologia - Crédito: Shutterstock

Publicado em 7 de julho de 2021 às 09h22

Última atualização em 7 de julho de 2021 às 09h22

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Tecnologia – Crédito: Shutterstock

Por Bernardo de Castro, Presidente da divisão de Agricultura da Hexagon

Vivemos em um momento de forte avanço tecnológico na agricultura, em que a alta velocidade da implementação de inovações têm gerado aumentos na produtividade e na eficiência do setor mesmo em um período de crise mundial. A agricultura 4.0 está cada vez mais próxima da realidade, e isso se deve, em grande parte, ao desenvolvimento e à expansão de tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data e Internet das Coisas (IoT). Em termos de processamento, o ganho de escala na aplicação destas tecnologias foi fortemente apoiado pelo Cloud Computing, movimento dos anos 2000 de centralização da capacidade computacional por grandes representantes globais.

No entanto, em um cenário de crescente demanda tecnológica, a necessidade de melhoria de performance no processamento de informações tornou essencial a criação de uma ferramenta capaz de suprir algumas lacunas deixadas pelas soluções de cloud. E é assim que, para complementar a conhecida nuvem, surge o chamado Edge Computing — ou computação de borda, em português.

A tendência está em crescimento em todo o mundo. De acordo com a reconhecida empresa global de consultoria Gartner, até 2022, 75% dos dados corporativos serão gerados e processados por ambientes de Edge Computing. No agronegócio não é diferente, e a aplicação já vem gerando resultados importantes.

Processamento na agricultura 

O Edge Computing é como uma especialização da Internet das Coisas. Sem ele, todos os dados recolhidos por meio de dispositivos com IoT são enviados a um centro de cloud para processamento. Com a nova tecnologia, por outro lado, os dados coletados são classificados localmente, de forma que parte deles são processados ali mesmo, na “borda” da rede — daí o nome computação de borda — por meio de micro data centers.

Assim, somente certas informações são enviadas para uma central em cloud, enquanto aquelas que frequentemente precisam ser consultadas  são analisadas no próprio dispositivo — no caso do agronegócio, no campo—, diminuindo o tráfego de dados.

Essa capacidade de realizar análises avançadas próximo da fonte de dados atende à necessidade do mercado de lidar com demandas de tráfego crescentes. Como há uma triagem das informações que serão enviadas à central de processamento, as taxas de transferências são otimizadas.

Solução para desafios de conectividade e latência

Os principais benefícios do Edge Computing são a redução da largura de banda necessária para o envio e o processamento de dados e a diminuição da latência, que é o tempo de resposta de uma solicitação — o período em milissegundos que um dado leva para navegar desde onde foi gerado até onde será processado. Ambas vantagens são possíveis por conta da proximidade entre o local de processamento e a origem das informações; apenas com cloud computing, por outro lado, todos os dados precisariam viajar longas distâncias antes de retornar para o consumo.

Na prática, essa redução de latência auxilia no acesso de dados em tempo real, o que é essencial para a implantação, com máxima efetividade, de soluções digitais e inteligentes nos processos agrícolas. O display HxGN AgrOn Ti10, lançado pela Hexagon neste ano, por exemplo, já conta com um processador de última geração que garante a execução de softwares complexos, sendo capaz de processar tanto algoritmos avançados como a sincronização entre maquinários.  Com esse processamento diferenciado, determinadas funções podem ser realizadas no próprio equipamento através de Edge Computing, facilitando a tomada de decisões mais inteligentes e ágeis. 

Outro exemplo é o uso dessa tecnologia em uma atividade de pulverização agrícola, em que se possibilita que os dispositivos sensoriais determinem sozinhos qual área deve ser pulverizada, por meio dos dados coletados e analisados pelos próprios dispositivos. 

Como o Edge Computing também reduz a largura de banda exigida para processamentos, a solução torna-se ainda mais útil para as aplicações agrícolas — considerando que, em geral, ainda temos grandes problemas de conectividade no campo no Brasil. 

No contexto atual, em que as soluções de IoT já permitem ampla integração entre produtos diversos, como sensores, computadores de bordo e máquinas, a computação de borda está desempenhando um papel cada vez mais importante na aplicação e na evolução da inovação no campo. É uma das tecnologias que terá adoção crescente nos próximos anos,  acelerando a consolidação da transformação digital do agronegócio.

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O display HxGN AgrOn Ti10, lançado pela Hexagon neste ano, oferece a tecnologia de Edge Computing.

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