Controle alternativo de bicudo previne infestação

Controle alternativo de bicudo - Crédito Fundação MT

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 07h00

Última atualização em 4 de fevereiro de 2015 às 07h00

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Controle alternativo de bicudo - Crédito Fundação MT
Controle alternativo de bicudo – Crédito Fundação MT

 

A instalação de armadilhas de feromônio nas lavouras algodoeiras pelo menos 60 dias antes do início do plantio tem apresentado resultados positivos no manejo do bicudo

 

O bicudo do algodoeiro causa sérios prejuízos à cultura do algodão, sendo os principais danos nos botões florais, onde os insetos adultos fazem orifícios de alimentação e oviposição, e as larvas eclodidas fazem galerias internas. Com o ataque, provocam a queda anormal dos botões florais, flores e maçãs.

Os botões atacados apresentam perfurações externas, ficam com as brácteas abertas e pode-se notar presença de excremento amarelado; as flores ficam com aspecto de “balão“ devido à não abertura das pétalas; as maçãs apresentam perfurações externas; fibras e sementes são destruídas, causando a abertura anormal da maçã (carimã) e escurecimento interno.

Soluções

A pesquisadora e entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan, ressalta a importância de se realizar várias estratégias de controle do bicudo, como: utilização de armadilhas de feromônio antes do plantio, baterias de aplicações com inseticidas no período de botão floral, aplicações de inseticidas na fase de cut out, bem como controle no momento da desfolha para controle.

“Outro ponto importante é a instalação de tubos mata-bicudo no período da colheita e destruição das soqueiras. Atualmente, também são realizadas aplicações em bordaduras das áreas que se iniciam aos 20 dias após a emergência da cultura“, relata a especialista.

Lucia Vivan recomenda que as armadilhas sejam instaladas 60 dias antes do plantio, na bordadura das áreas com distância de 150 m entre elas, e altura de 1,70m. “O objetivo principal das armadilhas é detectar os pontos de entrada dos insetos, e assim realizar o manejo nas áreas“, destaca.

 Lucia Vivan, pesquisadora e entomologista da Fundação MT - Crédito Fundação MT
Lucia Vivan, pesquisadora e entomologista da Fundação MT – Crédito Fundação MT

Resultados práticos

Um dos pontos importantes para o monitoramento e controle do bicudo do algodoeiro é a utilização de técnicas de monitoramento com atração e armadilhas para coleta do inseto na época da safra e para conhecer áreas de refúgio na entressafra.

Com isso, a instalação de armadilhas de feromônio antes do plantio dará a informação dos pontos mais críticos em relação à população de bicudos e, onde devem ser realizadas as aplicações no período do botão floral e mais atenção durante o monitoramento.

Lucia Vivan alerta que as armadilhas e feromônios devem ser trocados a cada 15-20 dias, dependendo do fabricante. “É bom lembrar que são necessárias várias estratégias, mas em todos os casos o custo compensa em relação aos danos que o bicudo pode trazer, pois depois que a população coloniza a área os prejuízos são altos e a redução dessa população é muito difícil, já que se controla somente a fase adulta do inseto“, conclui a pesquisadora.

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