Conheça a agricultura fermentativa e como ela melhora o solo

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Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 07h16

Última atualização em 9 de dezembro de 2017 às 07h16

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Economia com aplicação da técnica pode chegar a 20% dos custos com agroquímicos e gerar uma produtividade maior já na primeira aplicação

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A palavra de ordem para a safra de soja é redução de custos. Em contrapartida, a produtividade média brasileira também precisa se elevar, já que hoje está abaixo das 50 sacas por hectare.

Em tempos de equações complicadas, como as atuais, algumas técnicas milenares voltam a ser estudadas por engenheiros agrônomos e pesquisadores. Uma delas é a agricultura fermentativa, que é o processo de repovoar o solo com microrganismos, trazendo consigo os nutrientes necessários para as plantas.

Os processos fermentativos na agricultura são usados há 1.500 anos em países como a China, Japão e Índia e ocorrem com a reprodução e reintrodução destes microrganismos para recuperar solos degradados ou com baixo índice de nutrientes.

Segundo o engenheiro agrônomo Cassiano Ricardo Niero Mendes, com o uso desta técnica é possível economizar mais de 20% com a compra de agroquímicos e obter um ganho na produtividade de 7,0%, no primeiro ano de aplicação.

 

Análise de solo traz benefícios e economia

Segundo ele, o mais importante é que o valor para introduzir a técnica na propriedade custa pouco e traz benefícios importantes ao solo, como a volta de nutrientes e sanidade. “Um solo cheio de nutrientes e com saúde gera uma planta muito mais resistente a pragas e ao clima, de melhor qualidade e com boa produtividade“, garante Mendes.

Qualquer propriedade pode aplicar esta técnica, desde as pequenas até as com milhares de hectares.Mendes explica que o processo de fermentação é instalado na fazenda e é de fácil manuseio. “Na verdade, os gastos iniciais são com a montagem dos tanques para fermentação, tanto os aeróbicos, com uso de oxigênio, quanto dos anaeróbicos, sem oxigênio“, explica.

Outra vantagem é a captação das bactérias necessárias para o processo, que podem ser captadas em matas nativas próximas às fazendas. A identificação é feita pelas cores dos microrganismos – os claros tendem a ser benéficos e os escuros são ruins. Ressalta-se que cada cor possui um uso específico. “A coleta de bactérias é realizada em dias de chuvas, com armadilhas colocadas dentro de florestas próximas. Isso garante que os microrganismos locais se adaptem bem ao processo“, conta.

Por fim, Mendes explica que esta técnica vem para agregar e não para substituir os agroquímicos, e sua aplicação é feita da mesma maneira. “A aplicação é realizada da mesma maneira que os agroquímicos, que continuarão sendo usados“, frisa o agrônomo. “Depois de uma análise de nutrientes de solo, os agricultores usarão somente o agroquímico necessário para complementar, e não mais indiscriminadamente“.

Fonte: Projeto Soja Brasil

 

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