Cuidados no plantio do milho

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Publicado em 29 de outubro de 2015 às 07h00

Última atualização em 29 de outubro de 2015 às 07h00

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Ademilson de Oliveira Alecrim

Mestrando em Fitotecnia/Cafeicultura pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro associado ao Núcleo de Estudos em Cafeicultura ” NECAF e Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia ” GHPD

ademilsonagronomia@gmail.com

Thales Lenzi Costa Nascimento

thaleslenzi@agronomia.ufla.br

Giovani BeluttiVoltolini

giovanibelutti77@hotmail.com

Graduandos em Agronomia ” UFLA e membrosdo NECAF e GHPD

 

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A produção nacional de milho tem grande destaque na alimentação mundial, visto que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores do grão, com grande relevância na cadeia alimentícia e nos aspectos socioeconômicos do País. Neste sentido, são cada vez mais necessárias novas tecnologias e aprimoramento do cultivo deste cereal visando à elevação da produtividade e, consequentemente, da produção nacional.

Cuidados a serem tomados

São muitos os cuidados a serem tomados antes, durante e após o ciclo de produção da cultura do milho, sendo imprescindível a atenção por parte dos agricultores aos inúmeros fatores que podem influenciar no sucesso da lavoura.

O primeiro passo é a realização da amostragem de solo e posterior análise química, visando a quantificação nutricional e, consequentemente,a necessidade de correções dos índices de acidez e saturação por alumínio. Portanto, se necessário, a calagem é de grande importância para a correção da acidez do solo, permitindo assim a maior absorção dos nutrientes pelas plantas.

Da mesma forma, o gesso também pode ser utilizado, desde que necessário, visando à neutralização do alumínio no solo, visto que este é muito tóxico e afeta o desenvolvimento do sistema radicular das plantas.

Após a correção do solo, o próximo passo é o preparo do mesmo, por meio de arações e gradagens. Entretanto, com o advento do sistema de plantio direto, estas práticas não são mais realizadas, de modo a não revolver o solo, conservando sua estrutura física e contribuindo assim para a redução na intensidade da erosão.

Cada região possui uma época mais recomendada de semeio - Crédito Shutterstock
Cada região possui uma época mais recomendada de semeio – Crédito Shutterstock

O próximo passo

Posteriormente a essas ações, é hora do agricultor tomar uma importante decisão – a escolha da variedade a ser plantada. O mercado dispõe de variadas opções de híbridos de milho, cada qual com suas peculiaridades. Alguns são resistentes a pragas, doenças, a estresses, como o déficit hídrico, ou também a determinados tipos de clima.

Portanto, cabe ao produtor escolher o que melhor se adapta a sua região de cultivo e que mantenha características de boa produtividade.

O produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio - Crédito Luize Hess
O produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio – Crédito Luize Hess

Etapas

Outros fatores influenciam de maneira direta no desenvolvimento e na produtividade do milho. Por isso, o produtor deve se atentar a algumas etapas a serem seguidas, visando sempre incrementos na produção por área da lavoura. Dentre estas etapas podemos destacar o tratamento das sementes, que auxilia de maneira direta no combate inicial a pragas e doenças e, mais recentemente, na germinação e desenvolvimento inicial das plântulas, por meio do tratamento das mesmas com biorreguladores (auxinas, citocinina e giberelina).

A época de semeadura também é de grande importância, visto que o ciclo fenológico da cultura requer algumas características em determinadas épocas do ciclo vegetativo. Assim, a época deve ser definida de modo a coincidir o período de floração com os dias mais longos do ano, aliado à etapa de enchimento dos grãos coincidindo com o período de temperaturas mais elevadas e de maior radiação, além de boa disponibilidade hídrica.

Portanto, cada região possui uma época mais recomendada de semeio, e é de grande importância que a mesma seja realizada corretamente, pois por cada dia de atraso na semeadura é estimada uma perda de 60 kgha-1.

 É na semeadura que serão definidos o número de plantas - Crédito Ademir Torchetti
É na semeadura que serão definidos o número de plantas – Crédito Ademir Torchetti

Tratos importantes

A profundidade de semeadura também é muito importante, podendo variar de 5 ” 7 cm em solos arenosos e de 3 ” 5 cm em solos de textura argilosa. Sobretudo, a profundidade deve ser definida para propiciar as melhores condições de desenvolvimento, sejam elas hídricas e/ou físicas.

Por fim, o produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio, de acordo com a opção escolhida. Muito tem se discutido a respeito do aumento no número de plantas por área visando à elevação da produtividade. Entretanto, se faz necessário a opção por uma densidade intermediária, pois em excesso as plantas irão competir entre si e comprometer o desenvolvimento e a produção da lavoura.

Cuidados com a regulagem e manutenção da semeadora, assim como da velocidade de semeio, são de grande importância para evitar possíveis danos às sementes, além de falhas no processo de semeio.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro  da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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