LMV provoca o amarelecimento das folhas de alface

LMV mosaico - Crédito Valdir Atsushi Yuki

Publicado em 18 de junho de 2014 às 14h42

Última atualização em 18 de junho de 2014 às 14h42

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As medidas de controle do vira-cabeça são basicamente preventivas. A adoção de práticas culturais, além da utilização do controle químico, reduzem as perdas ocasionadas pelo vírus

 

LMV mosaico - Crédito Valdir Atsushi Yuki
LMV mosaico – Crédito Valdir Atsushi Yuki

A alface, no Brasil, é infectada por diferentes vírus causadores normalmente de mosaico, como o vírus do mosaico da alface (Lettuce mosaic virus, LMV), o vírus do mosqueado da alface (Lettuce motle virus, LMoV), o vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV) e o vírus do mosaico do nabo (Turnip mosaic virus, TuMV).

Já os vírus pertencentes ao gênero Tospovirus, da família Bunyaviridae, causadores da doença conhecida como vira-cabeça, estão geralmente associados a sintomas como necrose, bronzeamento das folhas e murcha. Também já foi relatada no Brasil a presença do Lettuce big-vein virus (LBVV), gênero Varicosavirus, cujo principal sintoma é o engrossamento das nervuras da folha.

Entretanto, ainda não se sabe se esses sintomas são ocasionados somente pelo LBVV ou pela associação de diferentes vírus na planta. Atualmente, os vírus que causam maiores prejuízos no Brasil são o LMV e os do gênero Tospovirus.

Disseminação

O LMV, pertencente à família Potyviridae, gênero Potyvirus, é disseminado no campo por várias espécies de afídeos, sendo o Myzus persicae considerado o vetor mais eficiente.

Tal vírus também é transmitido pela semente, cuja taxa de transmissão pode chegar a 16%. Por meio do intercâmbio de sementes infectadas, o LMV é disseminado a longas distâncias, inclusive entre continentes ” perdas de até 100% podem ocorrer, caso sejam utilizadas sementes infectadas e pulgões estejam presentes no campo. Dependendo do isolado, verifica-se a presença de mosaico associado à necrose em alface.

Valdir Atsushi Yuki, pesquisador científico do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade do Instituto Agronômico da Campinas (IAC/APTA/SAA), explica que os prejuízos ocorrem em virtude da depreciação causada pelos sintomas e menor desenvolvimento da planta.

Sintomas

No Brasil, sabe-se de duas estirpes do vírus, sendo a mais antiga conhecida como LMV-Common, isto é, estirpe comum. “Em variedades suscetíveis, ela causa sintomas de mosaico, que podem variar de fraco a forte, e até necroses das folhas em variedades muito suscetíveis, além de prejudicar o desenvolvimento da planta“, relata Valdir Yuki.

A estirpe conhecida como LMV-Most, detectada no Brasil no final da década de 1990, causa um amarelecimento generalizado na cultura, e, por esse motivo, é chamada de “amarelão da alface“. Além disso, ela causa mosaico forte, sendo que o desenvolvimento da planta é bastante prejudicado.

Felizmente, avalia o pesquisador do IAC, essa estirpe Most não é prevalecente em nossas condições. Estudos feitos por Firmino et al. (2008), de 2002 a 2005, mostraram que 77,3% das plantas avaliadas se encontravam infectadas pelo LMV-Common.

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