Mercado de fertilizantes especiais cresce

O mercado de fertilizantes especiais superou o crescimento do agronegócio brasileiro em 2020
Soja - Créditos: shurtterstock

Publicado em 28 de outubro de 2021 às 07h44

Última atualização em 28 de outubro de 2021 às 07h44

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Soja – Créditos: shurtterstock

A cultura da soja segue como a maior consumidora do setor, responsável por 46,7% das vendas.

O mercado de fertilizantes especiais superou o crescimento do agronegócio brasileiro em 2020, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19. Ano passado a indústria registrou um faturamento de mais de R$ 10 bilhões, o que representa uma elevação de 41,8% em relação aos R$ 7,1 bilhões obtidos em 2019.

O segmento de fertilizantes foliares teve um crescimento de 29,9%, enquanto os fertilizantes especiais para solo se expandiram 73%. Os fertilizantes para tratamento de sementes cresceram 101,6%, e os fertilizantes para fertirrigação e hidroponia aumentaram 63,8%.

Clorialdo Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo – Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal, comentou que a indústria trabalha com especialidades, oferecendo um leque de tecnologias em nutrição vegetal sustentáveis para o produtor rural, levando o agro a ser mais competitivo e valorizando ainda mais sua importância para o País.

Investimento

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Em 2020, o setor aumentou o investimento em pesquisa e desenvolvimento, totalizando R$ 349 milhões. O investimento médio do setor em P&D nos últimos seis anos é de 4,17% do faturamento. Com isso, segundo Alexandre D’Angelo, gerente executivo da Abisolo e responsável pela apresentação dos dados do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal 2021, o lançamento de produtos inovadores é constante, resultando na melhoria de performance nas diversas culturas.

Para Gustavo Vasques, conselheiro da Abisolo, as empresas do setor estão investindo em tecnologia e em inovação, contribuindo para atender demandas de mercado, como a preservação ambiental e a segurança alimentar. Uma das tendências é a aplicação de produtos que possibilitam o produtor a ter alta eficiência, ou seja, produzir mais com menos.

Nesse sentido, Anderson Schaefer, conselheiro da Abisolo, complementou que o mercado tem buscado outras formas de produção, de forma horizontal, para que se alcance o mesmo resultado com a aplicação de menos insumos. “É cada vez mais importante buscar conhecimento para obter um retorno mais rápido em menor tempo”.

Em destaque

A cultura da soja segue como a maior consumidora do setor, responsável por 46,7% das vendas. Na sequência, estão o café (10,7%), o milho (10,6%), cana-de-açúcar (9,6%), frutas (8,4%) e hortaliças (5,9%).

Os Estados que mais se destacaram no ranking do uso de fertilizantes especiais em 2020 foram: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Goiás. Sobre a forma como esses fertilizantes são comercializados, a Abisolo mostrou que o mix de distribuição passa principalmente por distribuidores e revendas.

O Anuário da Abisolo também mapeou uma questão que tem afetado a economia global, que é o aumento do custo de produção. De acordo a entidade, o custo da matéria-prima cresceu entre 14 e 22%, dependendo do produto. Os orgânicos líquidos foram os mais impactados, com alta de 22% no valor das matérias-primas e os orgânicos sólidos com o aumento médio menor, com 14%.

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