Você conhece o bokashi líquido?

O bokashi traz vários benefícios às hortaliças, o que não é novidade. A inovação que chega agora, com os mesmos objetivos, porém em sua versão líquida, garante mais facilidade na aplicação. Na composição, o produto conta com algas marinhas, farelos vegetais, melaço, bambu moído e muitos microrganismos nativos.
White cauliflower on plant, Brassica oleracea. Rural orchard, fruit ready to harvest and consume.
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Louyne Varini Santos dos Anjos
Engenheira agrônoma e doutoranda em Fisiologia Vegetal – Universidade Estadual Paulista (Unesp)
louyne.varini@unesp.br

O bokashi é um composto orgânico produzido a partir da adição de microrganismos efetivos que atuam na fermentação de vários materiais, como farelos de soja, milho, arroz, trigo e entre outros, esterco e palhas, sendo assim, uma combinação de insumos de origem vegetal, animal e mineral, que passam por um processo de fermentação.

Os microrganismos presentes no bokashi decompõem a matéria orgânica, tornando os nutrientes em substâncias disponíveis e utilizáveis pelas plantas.

A composição do bokashi pode mudar de um preparo para outro, sendo rico em diversos nutrientes essenciais para as plantas, como nitrogênio, fósforo e potássio, além de disponibilizar diversos microrganismos como, fungos, bactérias e actinomicetos, que podem melhorar a saúde do solo e da planta.

Sua proposta principal é de aumentar a produtividade das plantas e a qualidade dos produtos agrícolas produzidos.

O que muda?

O uso da versão líquida do bokashi como fonte alternativa para o suprimento de nutrientes possui algumas vantagens, quando comparado com adubo orgânico na forma sólida, como facilidade de armazenamento e aplicação, melhor uniformidade de aplicação, redução das perdas, versatilidade das formulações e rendimento operacional.

Respostas vegetais

O uso desses fertilizantes pode interferir diretamente no acúmulo de massa seca, em virtude da maior disponibilidade de nutrientes no solo. O nitrogênio possui a função estrutural e metabólica, o fósforo é um elemento estrutural da membrana das células, também atua na fixação de gás carbônico e metabolismo dos açúcares e o potássio é importante no armazenamento e transferência de energia estrutural.

Os microrganismos presentes no bokashi líquido possuem potencial de melhorar a eficiência da fixação de nitrogênio (N2), disponibilizar nutrientes para as plantas, prevenir infecções por fitopatógenos e sua competência como condicionadores de solo.

Existem indícios de que as interações entre diferentes microrganismos podem se complementar, e a diversidade de espécies ou cepas de diversos microrganismos pode influir no crescimento das plantas.

Manejo assertivo

Na agricultura, o manejo da fertilidade do solo engloba diversas práticas, com o objetivo de interferir nas populações e processos microbianos e atingir efeitos benéficos na qualidade e produtividade do solo.

Um desses procedimentos é a aplicação regular de matéria orgânica através do bokashi. Dessa forma, ele pode ser empregado junto com práticas como:

1–  Rotação de culturas, com a inserção de culturas leguminosas, que realizam a fixação de N junto com bactérias simbióticas, elevando assim o N residual que continua no solo para a próxima cultura.

2 –  Emprego de adubos verdes, em especial as leguminosas ou consórcio de leguminosas e gramíneas, que quando incorporados ao solo elevam a concentração de N no solo.

3 –  Utilização de estercos suínos e/ou bovinos, por possuírem alto teor de amônio, que depois é convertido em nitrato no solo, sendo assim, fontes significativas de N para os cultivos.

 A introdução de insumos regulares de bokashi neste modelo de manejo do solo pode contribuir com o aumento de matéria orgânica e N complementar ao solo.

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