Áreas degradadas: como torná-las produtivas?

Entenda melhor as causas da degradação do solo e as estratégias eficazes para sua recuperação.
Close-up tender first sprouts of soybean in the open field. Agricultural plants. The soybean plant stretches towards the sun.

Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 07h29

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 17h01

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A agricultura brasileira, apesar de sua elevada produção, enfrenta desafios significativos, entre eles o aproveitamento de áreas degradadas.

A recuperação dessas áreas é crucial para aumentar a produtividade agrícola e garantir a sustentabilidade ambiental. Dessa forma, considera-se a cobertura do solo com palhada uma alternativa mitigadora das perdas por erosão do solo, beneficiando o ambiente edáfico e reduzindo o impacto diante da degradação do mesmo.

Luis Borges Rocha, mestre em Agronomia e doutorando em Ciências Agrárias, explica que a degradação das áreas agrícolas no Brasil é causada por vários fatores. “O cultivo sucessivo sem adição de plantas de cobertura ou rotação de culturas no sistema resulta na degradação do solo”, explica. “Além disso, o uso constante de maquinários agrícolas pode causar compactação superficial e subsuperficial, impedindo o desenvolvimento radicular das plantas”.

Outras formas de degradação incluem a erosão, causada principalmente pelo desnível do terreno, solo descoberto, baixa presença de compostos orgânicos, que atuam como ligantes nas partículas do perfil e a degradação química, resultante da exaustão de nutrientes, que podem ser observados nas áreas de pastagens do Brasil, com aproximadamente 28 milhões de hectares degradados, e com potencial para desenvolvimento agrícola.

“Esses problemas podem ser evitados com o uso correto de maquinários, fertilizantes e corretivos, além da adoção de práticas como rotação de culturas e cobertura do solo”, afirma Luis Rocha.

Técnicas para recuperação de áreas degradadas

Diante do cenário agrícola produtivo do país, uma das práticas que interfere diretamente no mitigação dos efeitos e correção das áreas degradadas é a utilização de manejo de corretivos (calcário e gesso) nas doses corretas, melhorando a disponibilização dos nutrientes.

Segundo Luis, a utilização de fertilizantes, de acordo com a dose, época, necessidade e fonte ideal para suprir a necessidade do solo e da planta e também a adoção de práticas que envolvam a rotação de culturas, mix de coberturas e que proporcione cobertura ao solo, evita degradações e problemas como erosões, compactação e queda de produtividade.

Cobertura do solo com palhada

Um solo descoberto sofre com inúmeros problemas, dentre eles a erosão hídrica eólica e elevações de temperaturas do solo, que afeta diretamente no desenvolvimento da cultura.

A presença de palhada do solo impede o contato direto da chuva com o solo, diminuindo o salpicamento dos grânulos deste, além de que, com a presença de palhada, gerando matéria orgânica proporciona geração de cargas negativas no solo, além de fornecer compostos ligantes que impedem que os grânulos do solo se percam facilmente.

Outro ponto considera por Luis Borges é que um solo coberto proporciona diminuição da temperatura do solo, ciclagem de nutrientes e desenvolvimento de organismos, deixando o solo mais forte e protegido.

Benefícios econômicos

Luis Borges destaca que a recuperação de áreas degradadas pode contribuir significativamente para a segurança alimentar mundial, contribuindo principalmente para ampliação e melhor aproveitamento das áreas agrícolas.

Importante dizer que a recuperação de áreas degradadas é um passo essencial para garantir a sustentabilidade da agricultura brasileira. Com as técnicas e práticas adequadas, é possível transformar solos degradados em campos produtivos, beneficiando tanto a economia quanto o meio ambiente.

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