Trigo a R$ 51,77/saca?

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Publicado em 20 de outubro de 2015 às 09h20

Última atualização em 20 de outubro de 2015 às 09h20

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Quem seguiu a recomendação e fixou preço a $ 6,22 está com este preço, contra R$ 30,81/saca oferecidos hoje aos triticultores.

Os preços do trigo para o agricultor brasileiro giraram em torno de R$ 30,81/saca no Rio Grande do Sul e R$ 33,93/saca no Paraná, no final da semana passada. E o release do Cepea da semana anterior falava que “o preço do trigo começa a safra abaixo do Preço Mínimo de Garantia do Governo Federal“, que é de R$ 34,98/saca.

Esta é a situação real, atual. Mas, quem se aprofundou no assunto e atualizou sua forma de comercialização consegui preços muito, muito maiores, segundo a Consultoria Trigo & Farinhas, na sua Análise Semanal da última sexta-feira.

Em julho deste ano, logo depois do anúncio do relatório mensal do USDA, as cotações do trigo na Bolsa de Chicago subiram para US$ 6,22/bushel na Bolsa de Chicago para dezembro de 2015 e permitiu a fixação do preço a R$ 51,77/saca, isto é, 52,58% a mais do que o preço atual no Paraná e 68,02% a mais do que o preço atual no Rio Grande do Sul, segundo Luiz Carlos Pacheco, analista sênior da Consultoria.

“Este é o preço sonhado por todos os triticultores do país e resolveria todos os problemas do trigo, sem haver necessidade de pedir ajuda a ninguém, especialmente ao governo“, afirma Pacheco.

Mas, a situação poderia ter sido ainda muito melhor. No dia 18 de dezembro último a cotação do trigo chegou a R$ 56,84 e em maio de 2014, a cotação do trigo para dezembro/15 chegou a incríveis R$ 64,28/saca ou R$ 1.134,05/tonelada, quase o dobro do que o mercado oferece hoje, que é R$ 650,00/tonelada, segundo Pacheco. Importante: sem onerar as farinhas.

Todas estas oportunidades foram reais e efetivas, não meras projeções, mas foram perdidas, simplesmente porque a imensa maioria dos que tomam decisões de comercialização simplesmente não sabem operar mercados futuros e ficam presos à grande especulação que é o mercado físico, segundo Pacheco.

Se este tipo de comercialização já estivesse sendo usada em mais larga escala no país, certamente haveria mais estímulo para o plantio de trigo e poderíamos chegar mais facilmente à autossuficiência, economizando cerca de US$ 2 bilhões com o trigo importado, como ocorreu na temporada que acabou em agosto último, segundo a Consultoria Trigo & Farinhas.

“Como o dólar, além do clima, é o grande vilão do preço do pãozinho, neste momento, com menos importação os produtos do trigo poderiam ser mais baratos“, afirma Pacheco.

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