Tecnologia brasileira ajuda a reduzir custos e prever safras

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 15h45

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h14

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Com mais de 20 anos de experiência, especialista da Tbit comenta sobre novas soluções para o mercado sementeiro

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Uso de drones para vistoriar plantações, tratores automatizados pelo campo e utilização de inteligência artificial na seleção das melhores sementes. O que pode parecer um cenário futurista já é realidade no agronegócio pelo mundo. No Brasil, a Tbit (www.tbit.com.br) desenvolveu a tecnologia GroundEye, que está aperfeiçoando o processo de toda a cadeia de análise de sementes, em especial milho e soja. Com mais de 20 anos de experiência, Emilio Garnham, diretor comercial da empresa, comenta sobre o uso de tecnologia no setor.

  1. O que existe de mais moderno no uso de tecnologia para sementes?
    Emilio Garnham: A solução de análise de imagens em sementes é a grande tendência para o setor, também sendo utilizada para plântulas e grãos. O uso da tecnologia diminui reprocessos, tempo e custo, além de aperfeiçoar análises.

  1. Quais as diferenças para o método tradicional?
    E.G.: Atualmente, quando a semente é analisada, está sujeita à subjetividade da interpretação humana, sem contar a falta de padronização e o alto custo e tempo para terminar o serviço, que pode gerar necessidade de reprocesso ou descarte futuro. Com ajuda tecnológica, uma amostra de sementes passa pelo módulo de captura de imagens, onde são analisadas mais de 300 características. Isso em um tempo 20 a 30 vezes mais rápido do que o normal e com maior precisão.

  1. Quais os benefícios da análise com inteligência artificial? E no caso específico da soja e do milho?
    E.G.: Com uso da solução GroundEye, a análise de imagem é capaz de detectar e quantificar os defeitos e problemas em lotes de sementes, o que diminui reprocessos nas empresas do segmento, economizando tempo e custos, além de aumentar a qualidade das sementes. No caso das sementes de soja e milho, a tecnologia ajuda a identificar problemas como mancha púrpura, percevejos, sementes esverdeadas, “ardidas“ ou quebradas, sem falar na análise fisiológica de plântulas. Entre outras vantagens, isso permite prever resultados de safras de forma precisa, já que uma semente de qualidade é um dos fatores essenciais nos resultados da agricultura. Porém, é claro que também existem outros elementos que influenciam diretamente a produtividade, como: irrigação, adubação, modalidade de plantio, qualidade do solo, clima, etc.

  1. Quais outras possibilidades de uso dessa tecnologia?
    E.G.: Os dados e as imagens das sementes ou plântulas ficam armazenados digitalmente, transformando-se em um grande banco de dados agrícola. Isso é útil em pesquisas e para monitoramento de pragas ou outros problemas na produção.

  1. Quais os potenciais mercados?
    E.G: A tecnologia de análise de imagens tem forte presença no segmento de milho e soja, mas também é utilizada para amendoim, cana, tabaco, cevada, folhas e trigo. Os potenciais mercados são cacau, café, frutas e vegetais, algodão, farinhas, celulose e até carcaças de animais. Nossa solução já é utilizada pelas principais multinacionais agrárias do país. Além disso, essa tecnologia 100% nacional também está sendo procurada por mercados internacionais, como América Latina, Ásia e Europa.

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