Tamarixia radiata no controle do greening

Crédito Eduardo Girardi

Publicado em 30 de maio de 2015 às 07h00

Última atualização em 30 de maio de 2015 às 07h00

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Crédito Eduardo Girardi

A Tamarixiaradiata é um inimigo natural do psilídeoDiaphorinacitri, inseto transmissor da bactéria causadora do greening ou huanglongbing (HLB). Sua presença no ambiente ajuda a controlar a população da praga.

Segundo o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Miranda, o índice de parasitismo (controle), em média, é de 70%, podendo chegar a até 90%. “Por isso é usada como estratégia complementar de combate ao greening em áreas nas quais não há um controle químico, como chácaras, pomares abandonados, áreas urbanas com citros e murta“.

A medida auxilia na redução da população do psilídeo nestes locais e, consequentemente, diminui a migração dos insetos para os pomares comerciais. A liberação da Tamarixiaradiata não é utilizada nos pomares que fazem controle químico porque ela é extremamente sensível à maioria dos defensivos utilizados na citricultura.

A Tamarixiaradiata é uma vespinha que deposita o seu ovo embaixo da ninfa (fase jovem) do psilídeo, prendendo-a com uma película. Ao sair do ovo, a larva de Tamarixia vai se alimentando do corpo da ninfa até se tornar adulta. Esse processo dura cerca de 14 dias.

Marcelo Miranda explica que uma vespinha tem capacidade de colocar até 600 ovos durante sua vida e, consequentemente, matar 600 psilídeos e, desse modo, mostra alto potencial de redução da população do psilídeo no campo.

Manejo

O processo de criação no laboratório dura de 26 a 30 dias. Ele começa com a produção do psilídeoDiaphorinacitri para obter as ninfas necessárias para a criação da vespinha Tamarixiaradiata. Os psilídeos são colocados em caixas com mudas de murta para se reproduzirem e colocarem os ovos.

Quando os ovos se tornam ninfas, as vespinhas são soltas na caixa, na proporção de uma para cada dez ninfas de psilídeo. Após dez dias, as ninfas parasitadas são transferidas para outra sala do laboratório, onde são colocadas em caixas escuras.

Depois de dois dias, adultos de Tamarixiaradiata começam a surgir em um recipiente colocado no topo da caixa, atraídas pela luz. Estes recipientes são levados para o campo, onde é realizada a liberação das vespinhas.

De acordo com o pesquisador Marcelo Miranda, o custo estimado para utilizar a Tamarixiaradiata em um programa de controle biológico é de R$ 80,00/ha/ano (400 parasitoides/ha, incluindo os custos de liberação no campo.

Inauguração da biofábrica do Fundecitrus

O Laboratório de Controle Biológico do Fundecitrus foi inaugurado no dia 25 de março, em Araraquara (SP), com o objetivo de criar a vespinha Tamarixiaradiata. O laboratório está instalado em uma área de 342 m² e tem capacidade para criar até 100 mil vespinhas por mês.

As vespinhas serão liberadas em áreas com citros e murta, como pomares abandonados, espaços urbanos, chácaras e sítios que podem servir de criadouros do inseto transmissor do HLB.

No total foram investidos R$ 460 mil para a sua implantação e manutenção no primeiro ano, sendo que parte dos recursos foram providos pela Bayer CropScience, como parte da parceria “Citrus Unidos“, firmada entre as instituições com o objetivo de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias sustentáveis.

Além do ganho ambiental pela redução da utilização de inseticidas nos pomares, o citricultor tem o ganho econômico, devido ao menor custo de controle e redução de perdas na produção com a menor incidência da doença.

 
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