Safrinha de milho deve bater recorde de produção

Levantamento da empresa especializada em soluções que apoiam a tomada de decisão indica que a colheita esperada é 43% maior em relação à safra anterior
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Divulgação

A falta de chuvas no mês de abril foi um empecilho, mas nem isso impediu que a safrinha de milho 21/22 batesse recorde de produção no Brasil. É isso o que mostra uma projeção realizada pela 4intelligence, especializada em soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados. 

De acordo com dados da empresa, a colheita esperada é de 89,1 milhões de toneladas do grão, um crescimento de 43% em relação à safra anterior (62,1 milhões de toneladas). A produtividade estimada é de 96,4 sc/ha (sacas por hectare), um avanço de 35% em relação ao período anterior.  

O número positivo é resultado da recuperação da produtividade da safra em relação a 2020/2021, quando houve um atraso no plantio em função da colheita tardia de soja e das irregularidades climáticas. Entretanto, o ciclo 21/22 também apresentou problemas naturais, com um regime irregular de chuvas, principalmente em abril.  

A 4intelligence estima que a redução do potencial produtivo do milho safrinha vai ser de apenas 5,4% em comparação à primeira estimativa, realizada antes do plantio. A análise foi realizada através de indicadores das condições das lavouras provenientes da solução da empresa, o AgroCast. Esta solução reúne imagens de satélites, dados meteorológicos e características locais de uma amostra de 380 municípios, que compreende 80% da área plantada no Brasil.  

A diminuição da expectativa da produtividade é maior na região Centro-Oeste, a mais afetada pela restrição hídrica, que pode chegar a 7,4%. Já as leituras de imagem de satélite mostram que lavouras no Paraná devem produzir mais milho do que o esperado, em torno de 2,8%. A geada e as baixas temperaturas de junho também não devem causar perdas aos agricultores.  

“Grande parte do plantio dessa safra ocorreu dentro da janela ideal, o que atenuou os efeitos climáticos. Com a tecnologia de sensoriamento remoto, que permite identificar o momento do plantio e a evolução da cobertura vegetal nas áreas monitoradas, foi possível estimar que o plantio iniciado em janeiro alcançou quase 80% da área destinada até o fim de fevereiro”, explica Júlia Ghizzi, da 4intelligence.  

A empresa é referência na análise e na utilização de dados para acompanhar a produção agrícola de diversas culturas no país ao longo do tempo. 

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