Produtores rurais avançam na certificação sustentável do algodão na Bahia

Os produtores rurais da Bahia dão mais um passo rumo à sustentabilidade da cadeia produtiva do algodão.
Algodão - Crédito: Shutterstock

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 10h31

Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 10h31

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Algodão – Crédito: Shutterstock

Os produtores rurais da Bahia dão mais um passo rumo à sustentabilidade da cadeia produtiva do algodão. Reunidos em torno da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com o trabalho desenvolvido dentro do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), eles começaram o processo de certificação sustentável também nas algodoeiras, usinas que beneficiam o algodão, separando o caroço da pluma, logo após a colheita. Os técnicos visitaram, nesta primeira fase, quatro algodoeiras que vão passar por uma avaliação técnica antes da certificação final. Com o trabalho já desenvolvido em fazendas produtoras, a Bahia conta atualmente com 80 propriedades certificadas, que abrangem uma área de 245.219 mil hectares, representando 78,20% da produção de algodão do estado.

A coordenadora do programa de sustentabilidade ABR/Abapa, Bárbara Bonfim, explica que vêm sendo verificados um total de 165 itens com parâmetros internacionais de sustentabilidade. “Por causa da pandemia e das restrições de isolamento, foi realizada uma autoavaliação pelas próprias unidades, e a partir deste retorno, elaboramos um plano de correção para adequação de não conformidades”, afirma. Assim como acontece com a avaliação nas propriedades, as algodoeiras também passam pela avaliação no cumprimento das normas de saúde e segurança dos trabalhadores, infraestrutura e projetos de responsabilidade social e de integração com a comunidade.

ABR sustentabilidade algodoeiras

“A principal diferença está ligada ao ramo de atividade. O ABR nas fazendas aprofunda na Norma Regulamentadora (NR)-31, que estabelece por exemplo, o armazenamento adequado dos defensivos agrícolas e requisitos relacionados a saúde e segurança do trabalhador na área rural. Já nas algodoeiras, a NR-12, especifica sobre a segurança do trabalhador no manuseio de máquinas e  equipamentos ligados à indústria de beneficiamento da pluma”, reforça Bonfim.

Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, os produtores de algodão mostram mais uma vez que estão organizados e comprometidos em comprovar, para o mercado consumidor e sociedade, que a cadeia produtiva do algodão da Bahia é sustentável. “Estamos iniciando, com a inauguração de um escritório para promover o algodão na Ásia, uma nova etapa para a fibra brasileira. Queremos demonstrar que, além de qualidade e produtividade, somos campeões em sustentabilidade, e esperamos que este comprometimento traga competitividade e rentabilidade para o algodão brasileiro”, reforça Busato.

Desde quando foi iniciado o programa ABR nas fazendas produtoras de algodão da Bahia, em 2011, a área classificada como sustentável saiu de 21,1% para 78,2% desta safra 2019/2020. Segundo maior polo de algodão do Brasil, a Bahia comercializa 60% da fibra para o mercado interno e 40% para o externo, principalmente para países asiáticos como China, Bangladesh, Turquia e Vietnã.

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