Plantio de cebola de inverno: Mais barato e maior durabilidade pós-colheita

Publicado em 17 de julho de 2014 às 08h00

Última atualização em 17 de julho de 2014 às 08h00

Acompanhe tudo sobre Bicudo, Cebola, Colheita, Fitotoxidez, Herbicida, Hortifrúti, Plantio, Pós-colheita e muito mais!
Novas variedades  possibilitam o plantio de cebola de inverno com menor risco na colheita - Crédito Shutterstock
Novas variedades possibilitam o plantio de cebola de inverno com menor risco na colheita – Crédito Shutterstock

Hoje temos disponível no mercado uma imensa lista de híbridos que podem ser plantados no inverno. As principais empresas que comercializam sementes recomendam que os híbridos sejam plantados nessa época para que se aproveite o melhor potencial de cada material.

“Na verdade, praticamente todos os híbridos disponíveis no mercado podem ser plantados nessa época chamada de ‘plantio de inverno’, mas que na verdade é a colheita, que é realizada no inverno, enquanto o plantio é feito nos meses de março, abril, maio e até meados de junho. Quando o plantio é feito nessa época, teremos a colheita no período seco; portanto, a probabilidade é boa de ter um excelente produto final com uma pele ótima e um longo período pós-colheita, sendo que também a produtividade é alta nesse período“, considera Edson Zuquetto, consultor técnico e produtor de cebolas.

A partir dessa época, os produtores passam a correr o risco de coincidir a colheita com o início do período chuvoso e, consequentemente, o produto final tende a perder qualidade. Porém, nessa época considerada ideal para a produção de cebola, existe um risco muito grande de o mercado consumidor estar com oferta excessiva, refletindo diretamente no preço ou na não comercialização da produção, de acordo com a oferta e demanda.

O que esperar

A região onde será implantada a cultura é importante para o sucesso da atividade - Crédito Shuttertock
A região onde será implantada a cultura é importante para o sucesso da atividade – Crédito Shuttertock

As características que se espera desses híbridos são:

  • Resistência ao adensamento, o que irá proporcionar mais plantas por metro de canteiro e maior produtividade;
  • Uniformidade na bulbificação, pois, desse modo, o produtor terá uma boa produtividade e uma classificação melhor do seu produto final, refletindo diretamente na remuneração da produção;
  • Resistência ou tolerância a doenças foliares, o que reduzirá os gastos com fungicidas e bactericidas. Essa resistência está relacionada com a serosidade das folhas e com a estrutura das folhas. Plantas com porte mais ereto normalmente são mais resistentes, enquanto as plantas de porte menos ereto tendem a ser mais suscetíveis a doenças;
  • Resistência ou tolerância a doenças do sistema radicular, que pode estar relacionada à quantidade de raízes ou ao melhoramento genético, que propicia essa resistência em algumas regiões, principalmente no estado de São Paulo. Esse é um fator determinante, tendo em vista a alta incidência de raiz rosada;
  • Resistência a herbicidas, visto que alguns híbridos têm menor resistência aos herbicidas, sofrendo fitotoxidez elevada, o que pode provocar diminuição no potencial produtivo, enquanto outros híbridos são bem tolerantes;
  • Com relação ao formato do bulbo, o mercado consumidor exige que ele tenha forma arredondada. Já os bulbos alongados ou bicudos têm menor valor comercial;
  • Pele é outro fator determinante, uma vez que o mercado consumidor exige bulbos com boa coloração e pele bem lisa, firme e seca. Alguns híbridos têm a característica de formar várias camadas de pele e outros, quando perdem a primeira pele, ficam brancos, pelados ou com uma pele escura, que não se solta. Outros ficam esverdeados, os quais têm valor comercial bem menor do que aqueles que possuem a pele íntegra;
  • Precocidade também pode ser uma característica desejada, levando em conta que, quanto mais longo o ciclo, maiores serão as quantidades de irrigações e de pulverizações. É bem verdade que os híbridos de ciclo mais longo tendem a ter bulbos mais firmes e uniformes, obtendo melhor produtividade e maior durabilidade pós-colheita.

 
Essa matéria completa você encontra na edição de Julho da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Clique aqui para fazer a sua assinatura.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Cacau brasileiro garante espaço em ranking mundial de excelência

2

Frota de caminhões no Brasil cresce 23% em dez anos: 70% do volume de carga do agro passa pelas rodovias

3

SLC Agrícola anuncia a maior operação de mensuração de carbono (GEE) do agro brasileiro

4

Desafios para o crescimento do mercado de bioinsumos

5

CropLife e USP abrem inscrições para quarta edição de curso de combate ao mercado ilegal no agro

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Nos estudos, foram feitos cruzamentos com plantas de folhagem normal, não ereta. A foto acima é ilustrativa e a cultivar mostrada não é de porte ereto / Foto: Leonardo Boiteux

Cientistas identificam gene associado ao porte ereto das folhas do tomateiro

Foto Shutterstock

Tecnologias pós-colheita em citros de mesa

Crédito SmartMip

Controle do psilídeo-dos-citros é estratégico na contenção do avanço do greening nos pomares do cinturão de SP e MG

Citrus,Tree,Background

FMC promove Experts Citros para debater desafios e oportunidades da citricultura