O fosfito e sua relação com a produtividade do pimentão

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Publicado em 2 de outubro de 2018 às 07h59

Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 07h59

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Gabriel Ferraresi Hidalgo

LouyneVarini Santos dos Anjos

Graduandos em Engenharia Agronômica na Unesp/FCAT

Pâmela Gomes Nakada Freitas

Engenheiraagrônoma e professora da Unesp/FCAT

pamelanakada@dracena.unesp.br

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O pimentão (Capsicumannuum L.) é muito apreciado no mercado nacional e apresenta inúmeras utilizações na culinária. Pode ser comercializado como fruto fresco ou em pó (páprica doce), que é proveniente da desidratação e moagem dos frutos vermelhos.

Em se tratando de suas características, o pimentão é uma solanácea perene, porém cultivada como anual, podendo atingir mais de um metro de altura. Seu sistema radicular pode chegar, no máximo,a30 cm de profundidade. As flores são isoladas e hermafroditas (possuem os dois sexos na mesma flor), sendo uma planta autógama.

A produção do pimentão gera empregos de forma direta, devido à grande necessidade de mão de obra com os tratos culturais, como: produção de mudas, transplantio, irrigação, manejo de plantas invasoras, manejo de pragas e patógenos, adubação de cobertura, desbrota, podas de ramos e galhos não produtivos e tutoramento.

Propriedades

O fosfito nutre a planta e ativa o mecanismo de defesa natural
O fosfito nutre a planta e ativa o mecanismo de defesa natural

O valor nutritivo do pimentão deve-se à presença de vitaminas, em especial a vitamina C, essencial à nutrição humana, além de 10% de proteínas. O pimentão também possui propriedades medicinais, como acelerar a cicatrização de feridas, prevenir a arteriosclerose, controlar o colesterol (gordura no sangue), evitar hemorragias, aumentar a resistência física, combater alergias e prevenir a formação de hemorroidas.

Contém, ainda, vitaminas A, B1, B2 e minerais como Ca, Fe e P. Além do valor nutricional, esta hortaliça, quando utilizada na culinária, agrega sabor, aroma e coloração aos pratos.

Produção paulista

Foto 03

O Estado de São Paulo possui área de produção em torno de 2.660 ha, e produção anual de 8.793.651 caixas de 12 kg (105.523,8 t). Esta produção contempla cinco principais municípios:

RankingCidadeÁrea anual em produção (ha)Produção anual(cx.12 kg)
Itapeva937,002.839.280,00
Itapetininga244,001.160.400,00
Lins113,73792.445,00
Mogi das Cruzes280,30639.150,00
Sorocaba206,40553.400,00

Dados do IEA “Instituto de Economia Agrícola

 

O fosfito e as hortaliças

O uso do fosfito nas hortaliças apresenta algumas vantagens, como o controle de doenças provocadas por fungos, contribui para a nutrição vegetal, proporciona qualidade aos frutos e prolongação do tempo de conservação do fruto na pós-colheita.

O fosfito atua no mecanismo de defesa da planta defendendo contra microrganismos causadores de doenças. Estas substâncias evitam ou atrasam a entrada desses microrganismos e, por consequência, sua atividade nas plantas. Com o controle das doenças é possível ter um aumento na produção de flores e, por consequência, maior produção e qualidade dos frutos.

O uso de fertilizantes foliares como os fosfitos ganhou destaque no controle de doenças porque, além dele nutrir a planta, também ativa o mecanismo de defesa natural da planta contra diversos microrganismos com potencial de causar doenças em plantas, principalmente os fungos.

Atuação na planta

 O fosfito possui absorção foliar rápida
O fosfito possui absorção foliar rápida

Os fosfitos são produzidos à base de ácido fosforoso, o qual também pode dar origem aos fertilizantes fosfatados, que são a principal fonte de fósforo. A diferença entre o fosfito e o fosfato é que o primeiro apresenta um átomo de hidrogênio no lugar do oxigênio, e esta estrutura proporciona a solubilidade do produto, favorecendo sua absorção.

Os fosfitos são considerados fertilizantes, e apresentam cerca de 7% a mais de fósforo em sua molécula em relação ao fosfato. Os fosfitos apresentam alta solubilidade em água, e por isso são absorvidos pelas plantas tanto pelas raízes quanto pelas folhas, e atingem todo o interior no intervalo de três a seis horas, conferindo proteção ao ataque de fungos.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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