Irrigação da manga – Fique atento aos detalhes

Crédito Embrapa Semiárido

Publicado em 26 de junho de 2018 às 07h06

Última atualização em 26 de junho de 2018 às 07h06

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Crédito Embrapa Semiárido
Crédito Embrapa Semiárido

Experimentos conduzidos com a mangueira Tommy Atkins cultivada em condições do Submédio do Vale do São Francisco mostraram que a planta apresenta raízes até a profundidade de 02 m, mas com maior presença entre 0,3 m e 1,4 m de profundidade.

As raízes também são encontradas ao longo da linha das plantas, o que indica um entrelaçamento das raízes decorrente do hábito de crescimento da cultura no período chuvoso na região (novembro a março) e da presença de emissores de água em toda a extensão da linha de plantas.

Na direção vertical, as raízes alcançam a profundidade de 01 m, sendo que 65% das raízes de absorção e 56% das raízes de sustentação estavam até a profundidade de 0,6 m.

Essas informações são muito importantes para o monitoramento da água no solo, que deve ser feito nas profundidades e distâncias do caule onde há maior presença de raízes, as quais, em regiões semiáridas, estão diretamente relacionadas com a distribuição da área molhada.

A observação da distribuição do sistema radicular na área a ser irrigada pode ser realizada por meio de abertura de trincheiras. No entanto, um manejo mais criterioso deve considerar a profundidade de 02 m, pois pode haver contribuição de camadas de solo abaixo de 01 m para a quantidade total de água absorvida pelas plantas, principalmente no período de maior necessidade hídrica (maturação dos frutos) e nos meses mais quentes (outubro e novembro).

Em solos onde há a contribuição do lençol freático no fluxo ascendente de água do solo, o controle do crescimento vegetativo e programação da indução da floração pode ser mais difícil. Neste caso, torna-se importante o acompanhamento do nível do lençol freático, podendo ser realizado por meio de poços de observação.

Manejo da fertirrigação

A fertirrigação é uma das maneiras mais eficientes e econômicas de aplicar fertilizante no cultivo das plantas, principalmente em regiões de climas árido e semiárido, pela necessidade de irrigação.

Assim, ao aplicar os fertilizantes em menor quantidade por vez e com maior frequência, pode-se manter um teor de nutrientes no solo nas quantidades exigidas nas diferentes fases do ciclo da cultura, o que aumentará a eficiência do uso de nutrientes pelas plantas e, consequentemente, sua produtividade.

Quando se prepara uma solução de fertilizantes envolvendo mais de um tipo de fontes de nutrientes, deve-se verificar se há compatibilidade entre eles, para evitar problemas de entupimentos das tubulações e dos emissores.

O cálcio não pode se injetado com outro fertilizante que contenha sulfato, pois pode dar origem a precipitados que entopem os emissores. Esses cuidados devem ser ainda maiores quando a água usada na irrigação tem pH neutro, ou seja, quando as concentrações de Ca + Mg e de bicarbonatos são maiores que 50 mg/dcm3 e 150 mg/dcm3 (ppm), respectivamente.

O ácido fosfórico não pode ser injetado via água de irrigação que contenha mais que 50 mg/dcm3 (ppm) de cálcio e nitrato de cálcio e em água que contenha mais de 5 meq.L-1 de HCO3, pois poderá formar precipitados de fosfato de cálcio.

A irrigação proporciona alta produtividade - Crédito Embrapa Semiárido
A irrigação proporciona alta produtividade – Crédito Embrapa Semiárido

Etapas

Os procedimentos adequados para aplicação de fertilizantes via água de irrigação compreendem três etapas distintas. Durante a primeira, deve-se funcionar o sistema de irrigação durante um quarto do tempo de irrigação, para equilibrar hidraulicamente as unidades de rega como um todo.

Na segunda etapa, faz-se a injeção dos fertilizantes no sistema de irrigação, utilizando-se equipamentos apropriados. Na terceira, o sistema de irrigação deverá continuar funcionando para complementar o tempo total de irrigação, lavar completamente o sistema de irrigação e carrear os fertilizantes da superfície para camadas mais profundas do solo.

Os fertilizantes para uso em irrigação podem ser agrupados em duas classes: a) fertilizantes “líquidos”: abastecidos nos tanques na forma de solução, sem necessidade de tratamento prévio; b) fertilizantes sólidos facilmente solúveis: devem dissolver-se facilmente antes do início da fertirrigação. Esses fertilizantes podem, ainda, ser apresentados na forma simples ou em combinações com dois ou mais elementos.

Para o preparo da solução fertilizante, deve-se conhecer a solubilidade dos fertilizantes. Sugere-se adotar 75% da solubilidade informada pelo fabricante, uma vez que os fertilizantes contêm níveis variados de impurezas, enquanto a água de irrigação possui composição química bastante distinta.

A solubilidade refere-se a uma temperatura de 20°C. Como a solubilidade dos fertilizantes aumenta com a elevação da temperatura, recomenda-se utilizar uma menor solubilidade dos fertilizantes para períodos de temperatura inferior a 20°C.

Hora de escolher

A escolha do fertilizante deve ser feita com base nas características de cada produto, objetivando-se atender às necessidades dos demais elementos envolvidos no processo, tais como: sistema de irrigação, textura do solo, qualidade da água, custo e exigências nutricionais da planta.

Essa matéria completa você encontra na edição de junho de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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Fonte: Embrapa Cerrados

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