Colhendo o dobro da média nacional, produtor do MG é o campeão da Região Sudeste na 11ª edição do Desafio CESB

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Publicado em 19 de junho de 2019 às 16h19

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 16h19

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Agricultor de Patrocínio teve produção de 110,45 sacas por hectare na safra 2018/2019

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O produtor mineiro Matheus Grossi Terceiro, de Patrocínio (MG), foi o campeão da Região Sudeste na 11ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. Ele alcançou a média de 110,45 sacas de soja por hectare na safra 2018/2019, o que representa mais do que o dobro da média nacional, que é de 53,4 sc/ha na safra 2018/2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O anúncio foi feito ontem (18), durante a realização do Fórum Nacional de Máxima Produtividade, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) em parceria com a COCAMAR – Cooperativa Agroindustrial e a SRP – Sociedade Rural do Paraná.

Desde 2008 o CESB revela os resultados alcançados pelos sojicultores brasileiros, demonstrando que é possível aumentar a produtividade sem aumentar a área, seguindo os preceitos de sustentabilidade e rentabilidade. “Esse índice alcançado pelo campeão do Desafio é uma amostra do potencial que a produção brasileira de soja possui, o que vem fazendo com que o País cresça no setor e se firme como um dos principais fornecedores de soja do mundo”, avalia o presidente do CESB, Leonardo Sologuren.

Para chegar a esse patamar de produtividade, o produtor mineiro teve de enfrentar desafios como a instabilidade do clima, que foi o grande vilão da safra 2018/2019 da soja. “No começo do ciclo houve períodos com grandes volumes de água e vários dias nublados, com baixa luminosidade, prejudicando o crescimento vegetativo da planta. No período da colheita ocorreram chuvas, que prejudicaram a qualidade (peso e sanidade) dos grãos”, relata.

Campeão nacional

O título nacional foi para o produtor de Cruz Alta (RS), Maurício de Bortoli. Ele colheu 123,88 sacas de soja por hectare. Esse foi o primeiro ano da história do concurso do Comitê que o grande campeão nacional veio de plantio em uma área irrigada. Para conseguir alta produtividade, Bortoli revela que investiu no manejo agronômico, com a escolha de uma cultivar com características genéticas e fisiológicas compatíveis com o solo e com o clima do local onde fez o plantio. “Como sou produtor de sementes, tive um cuidado e atenção no controle de pragas e doenças que pudessem impactar em redução da produtividade e da qualidade do produto final”, afirma o campeão.

O produtor gaúcho relata que enfrentou dificuldades com o clima, com chuvas fortes entre outubro e novembro de 2018, o que causou prejuízos ao solo e atraso na semeadura. Logo após veio a falta de chuvas em dezembro e em fevereiro, com a estiagem chegando até a 23 dias.

Campeões regionais

O segundo lugar e o título de maior produtor em uma área não irrigada foram também para o Rio Grande do Sul. A propriedade da Família Tolotti, da cidade de Erval Seco, conseguiu colher 123,50 sc/ha, se consagrando ainda como a campeã da categoria sequeiro na Região Sul.

Rafael Tolotti, da família vice-campeã, explica que seguiu todos os fatores que levam ao sucesso da produção, como uma cobertura do solo, semente de qualidade, semeadura na hora certa, boa plantabilidade, manejo de doenças e pragas. “Quando apenas um dos fatores não sai como o planejado, há perdas significativas”, alerta.

Na Região Centro-Oeste, categoria sequeiro, o grupo Fazenda Reunidas, de Rio Verde (GO), se consagrou campeão, com a produção de 108,74 sc/ha. Alexandre Baungart, CEO do grupo, revela que o preparo do solo fez a diferença para conquistar esse alto índice de produtividade. “Para reestruturar o solo e realizar o aporte de matéria orgânica foi plantado [capim] panicum nas últimas três safras e milho safrinha em 2018. Esse capim possibilitou a entrada de boi na sequência, aumentando a performance do uso da terra”, conta.

O Estado da Bahia trouxe o campeão da categoria sequeiro na Região Norte-Nordeste. Com 96,86 sc/ha, João Gorgen se destacou naquela parte do País. O produtor costuma fazer as alternâncias de safras utilizando o milho Santa Fé a cada quatro safras e o milheto no período pós soja. “Temos o algodão no sistema também, que favorece o aumento de fertilidade dos nossos solos”, revela.

O presidente do CESB destaca o fato de a soja estar sendo plantada em todas as regiões do País, demonstrando a adaptabilidade do grão aos solos brasileiros. Isso ficou evidente nas inscrições do Desafio 2018/2019, em que o Comitê atingiu 11,5% das áreas plantadas de soja do Brasil – o que representa 4,14 milhões de hectares. O Brasil conta com cerca de 36 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa. “Assim auxiliamos para que a produtividade de soja cresça no País, sempre oferecendo aos sojicultores informações de como fazer com que suas áreas sejam mais produtivas e mais rentáveis”, acrescenta.

Sobre o CESB:

O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estrategicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.  Atualmente, o CESB é composto por 23 membros e 25 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Timac, Mosaic, Stoller, FMC, Monsanto, ATTO Adriana Sementes, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Compass Minerals, Instituto Phytus, Corteva, Brasmax, Albaugh, Datafarm, Brandt, Orion, SuperBAC, Calcário Itaú, Ubyfol e SOMAR Serviços Agro.

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