Colheita do trigo está praticamente concluída no RS

O predomínio de tempo seco no Rio Grande do Sul e as chuvas esparsas ocorridas em algumas regiões na segunda quinzena de novembro favoreceram a colheita do trigo, que chega em 98% da área cultivada.
Trigo - Crédito: Shutterstock

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 11h11

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 11h11

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Trigo – Crédito: Shutterstock

O predomínio de tempo seco no Rio Grande do Sul e as chuvas esparsas ocorridas em algumas regiões na segunda quinzena de novembro favoreceram a colheita do trigo, que chega em 98% da área cultivada.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar divulgado no dia 26/11, nas regiões de Passo Fundo e Santa Maria, a colheita foi finalizada com os grãos apresentando boa qualidade, com rendimento médio de 2,7 ton/ha em Passo Fundo e 2,5 ton/ha em Santa Maria.

A colheita do trigo ainda avança nas regiões de Bagé, Pelotas e Caxias do Sul. Na Campanha, o rendimento varia entre 1,8 a 2,4 ton/ha com grãos de boa qualidade. Em São Lourenço do Sul e Jaguarão, a colheita corresponde a 90% dos cultivos, com lavouras em bom desenvolvimento, sanidade e qualidade de grãos.

Nos Campos de Cima da Serra, a colheita segue em ritmo acelerado, faltando ainda 35% das áreas cultivadas a serem colhidas. A produtividade está abaixo da expectativa inicial.

Soja

A presença de chuvas em algumas regiões ajudou na retomada das atividades de plantio da soja, que já atinge 47% no Rio Grande do Sul, além de contribuir para o desenvolvimento da cultura.

Milho

A sequência de dias de tempo seco na maioria das regiões do estado tem retardado os plantios e afetado o desenvolvimento das lavouras de milho. O plantio alcança 83% das áreas estimadas de cultivo.

Arroz

Os dias de tempo seco têm assegurado a implantação das lavouras de arroz, que alcança 97% da intenção de plantio.

Olerícolas

Com as temperaturas mais amenas na semana entre 16 e 22 de novembro na região de Ijuí, o desenvolvimento das olerícolas foi satisfatório e foi possível realizar os tratos culturais. Com o término da colheita das áreas cultivadas a campo e sem a retomada de plantio da cultura nestas áreas, a produção de alface diminuiu. O cultivo se concentra em ambiente protegido, o que limita a área cultivada.

A cultura da mandioca segue com desenvolvimento muito lento, morte dos brotos menores das manivas, ramas com entrenós curtos e folhas pouco desenvolvidas. Já o pepino se encontra com desenvolvimento rápido, em plena produção e baixa incidência de doenças; há um maior número de frutos tortos devido à falta de água e ao maior aborto de flores.

Frutícolas

Na maioria das localidades da região de Santa Rosa, os pomares enfrentam falta de umidade do solo, provocando estresse hídrico de plantas e refletindo na queda de produtividade das frutíferas. Ocorre queda de frutinhos em citros e redução no crescimento de outras frutas, como manga e uva.

Em pomares domésticos, as famílias utilizam irrigação para garantir a manutenção de parte da produção a fim de proporcionar frutas para, pelo menos, o autoconsumo. Mudas plantadas recentemente têm pegamento menor.

Os cultivos não irrigados de melão e melancia têm produção comprometida e nas lavouras irrigadas, o nível dos reservatórios que abastecem essas irrigações está bastante reduzido, com possibilidades de não ofertar água até o final do ciclo.

Nos municípios costeiros ao rio Uruguai, o cultivo de abacaxi e banana é significativo. A banana está em fase de emissão de clones/brotos, porém apresenta pouco desenvolvimento devido à falta de água e à não adubação das touceiras. No momento são realizados o raleio de plantas e a limpeza das folhas secas.

Nos cultivos de abacaxi, as plantas também se desenvolvem lentamente, mas mesmo assim há florescimento de algumas delas, principalmente no Pérola. Aproximadamente 50% das plantas dessa variedade estão emitindo cacho; no entanto, a perspectiva é desenvolver um cacho pequeno, sem valor comercial.

A falta de umidade também prejudica as frutíferas de clima temperado em fase de formação de frutos, como pêssego e ameixa, que apresentam menor quantidade de frutos e tamanho menor; por outro lado o aspecto sanitário até o momento é bom e é boa a qualidade do fruto. Estão em plena colheita pessegueiros precoces como o Premier e o Precocinho, com baixa carga de frutas, porém de muito boa qualidade.

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Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.

A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.

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