Cebola Karajá: produtividade recorde e pós-colheita invejável

A Karajá atingiu 78 toneladas de cebola comercial por hectare e, mesmo após 70 dias armazenada, mantém aparência de recém-colhida.

Publicado em 7 de maio de 2025 às 14h05

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 08h58

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O cebolicultor Cláudio Roginsky com Flávio Pagnan, da Agrocinco

Na propriedade de Cláudio Roginsky, em Irati (PR), a nova híbrida de cebola Karajá F1 mostrou que não está para brincadeira. Plantada com uma densidade de 650 mil plantas por hectare, a híbrida entregou números que estão dando o que falar — e com razão.

A cebola Karajá F1 é um híbrido longa vida, com estocagem de até três meses, pele firme e atrativa, características que garantem excelente conservação e alta aceitação comercial.

Resistência e qualidade
Com alta produtividade, ela se destaca no campo por não bifurcar, o que assegura maior uniformidade na colheita. Outro diferencial é sua boa adaptação a períodos chuvosos, mantendo a sanidade mesmo em condições adversas. Além disso, apresenta alta tolerância à raiz rosada e ao pendoamento precoce, problemas comuns que comprometem o desempenho de outras cultivares. A Karajá F1 une vigor, sanidade e qualidade — da lavoura ao consumidor.

No campo
Segundo Cláudio, a Karajá F1 atingiu 78 toneladas de cebola comercial por hectare, o equivalente a 190 toneladas por alqueire. Resultado: recorde regional disparado. A média regional é de 140 toneladas por alqueire. “Eu nunca tinha visto uma produção dessa aqui”, admite Cláudio, impressionado com o desempenho do híbrido. E não foi só o volume que chamou atenção: a qualidade da cebola também fez bonito. Cláudio adotou a colheita mecanizada, e a Karajá F1 aguentou o tranco com folga. “Ela suporta muito bem a mecanização, tem uma pele muito boa”, destaca. E é essa pele — lisa, firme, resistente — que o mercado tanto quer.

Pós-colheita de dar inveja
Mesmo após 70 dias armazenada, a Karajá F1 mantém aparência de recém-colhida. A colheita aconteceu por volta de 10 a 11 de novembro, e até o final de janeiro, início de fevereiro, a cebola seguia com excelente apresentação. “O comércio quer cebola bonita, com pele. E essa aqui entrega”, reforça Cláudio. Além da resistência no armazenamento, a Karajá F1 ainda mostrou qualidade pós-colheita invejável — ponto crucial para quem precisa de segurança até o momento da venda. “A gente deixou um pouco guardado só para testar, e ela está se saindo muito bem. Estamos bem satisfeitos com ela”, conclui o produtor.

Resultado? Temos
– Produtividade recorde para a região;
– Qualidade comercial acima da média;
– Pós-colheita que entrega segurança;
– Produtor satisfeito e apostando novamente no híbrido.

A Karajá F1 chegou com força. E, pelo visto, veio para ficar.

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