Café está mais caro: veja dicas e substituições para economizar

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 08h47

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h14

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O preço do café, uma das bebidas mais consumidas no Brasil, teve um aumento de 46% nas gôndolas do varejo em 2024. Esse crescimento impacta diretamente o bolso do consumidor e tem sido considerado um dos vilões da inflação de alimentos no País.

O aumento começou no final de 2023, quando países produtores como Vietnã e Indonésia reduziram sua produção. Em 2024, a safra do Brasil também foi menor, devido à seca e altas temperaturas, o que fez os preços dispararem. No varejo, a alta nos últimos três meses já ultrapassa os 50%, de acordo com o Sindicato dos Corretores de Café. Especialistas indicam que, pelo menos a curto prazo, a tendência é de continuidade dessa alta.

Segundo o professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP)Ahmed El Khatib, em momentos de alta de preços, as substituições de produtos podem ser uma alternativa interessante para os consumidores.

“Em períodos de inflação, a substituição de produtos é uma das estratégias mais eficazes para equilibrar o orçamento. Quando o preço de um item sobe, o consumidor pode buscar alternativas mais acessíveis, como trocar carne bovina por frango ou carne suína, ou escolher frutas e legumes da estação, que costumam ser mais baratos”, explica El Khatib.

O aumento de preços de um alimento pode impactar outros produtos. Quando o preço de um item sobe significativamente, os consumidores migram para substitutos, o que pode gerar uma “inflação cruzada”. Por exemplo, com o aumento do preço da carne bovina, a demanda por frango e carne suína tende a aumentar, o que pode levar a uma elevação nos preços desses produtos também.

ALTERNATIVAS AO CAFÉ

No caso do café moído, cujo preço aumentou 40% em 2024, algumas alternativas têm sido sugeridas para economizar. Entre os substitutos mais acessíveis estão:

  • Chás: o chá é um dos substitutos mais populares ao café, sendo uma opção mais barata, embora com menos cafeína. Chá preto, chá verde e infusões herbais são alternativas interessantes, além do chá mate ou matcha, que podem oferecer efeitos estimulantes semelhantes.
  • Cevada torrada: é uma alternativa tradicional, com sabor semelhante ao café, mas sem cafeína, e costuma ser mais barata.
  • Chicória: desde o período colonial, a chicória torrada é usada como substituto do café no Brasil, oferecendo um sabor marcante e acessível financeiramente.
  • Café solúvel: embora seja café, o produto é frequentemente mais barato que o café moído tradicional.

ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR O IMPACTO DA INFLAÇÃOQuando os substitutos não são uma opção viável, outras estratégias podem ser adotadas:

  • Compra em maior quantidade: aproveitar promoções e estocar alimentos não perecíveis pode ajudar a reduzir o impacto de aumentos de preço a longo prazo.
  • Trocar marcas premium por genéricas: marcas menos conhecidas costumam ser mais baratas, sem comprometer a qualidade do produto.
  • Reduzir desperdício: planejar melhor as refeições e evitar o desperdício de alimentos é uma estratégia que pode resultar em economia.
  • Buscar alternativas regionais: produtos locais tendem a ter preços mais acessíveis devido à proximidade com os pontos de distribuição.

O professor da FECAP destaca que, mesmo em tempos de alta de preços, é possível mitigar os impactos da inflação, adotando hábitos mais estratégicos no consumo de alimentos e bebidas. “A flexibilidade nas escolhas alimentares e o planejamento cuidadoso são essenciais para manter o equilíbrio financeiro das famílias”, finaliza o professor.

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