Ambiente estressante – Interferência direta na nutrição vegetal

Publicado em 10 de junho de 2019 às 15h15

Última atualização em 10 de junho de 2019 às 15h15

Acompanhe tudo sobre Água, Aminoácido, Bacillus subtilis, Biológico, Manganês, Nematoide, Nutrição, Rentabilidade, Resíduos, Zinco e muito mais!

Autor

Breno Henrique Araújo
Engenheiro Agrônomo, mestre em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, consultor da Rehagro e membro do Comitê Estratégico de Soja Brasil – CESB
breno.araujo@rehagro.com.br

O estresse pode ser facilmente classificado em dois tipos: biótico (insetos/praga, patógenos, nematoides, entre outros) ou abiótico (luz, calor, água, nutrientes, agroquímicos, entre outros). As plantas, quando são submetidas a ambientes de produção estressantes, reduzem sua eficiência metabólica e diminuem sua capacidade produtiva.

Períodos longos de estresse podem, além de alterar as condições ótimas para o desenvolvimento do vegetal, causar efeitos permanentes e comprometer drasticamente o desenvolvimento de estruturas fundamentais para absorção de nutrientes, como, por exemplo, as raízes.

Resultados recentes de pesquisas e comprovações em grandes áreas de lavouras comerciais mostram que as melhores estratégias para minimizar os efeitos prejudiciais que são causados por falta de chuva e altas temperaturas, passam pela melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo.

A construção de um ambiente de alta fertilidade, aerado, rico em micro e macrorganismos, proporciona alta resiliência e assegura melhores produtividades e, consequentemente, uma maior rentabilidade ao agricultor.

Cuidados a serem tomados

Importante os produtores pensarem em manter um solo rico em nutrientes, em vida microbiana, palha de qualidade e que permita o crescimento vigoroso das raízes, além de investir em conhecer o que o solo tem e o que precisa ser adicionado, por meio de uma boa amostragem de solo e análises em laboratórios de qualidade.

Outra dica importante é entender quais áreas da fazenda estão produzindo bem e quais estão gerando prejuízo, atacando as áreas problemas inicialmente; promover um controle de pragas, doenças e ervas daninhas no momento correto; entender quais cultivares são mais adaptadas à região, usar sementes de qualidade elevada e promover uma boa captação de luz pelo dossel da planta por meio de uma adequada velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora e ajuste populacional adequado para cada região produtora.

Sintomas

O estresse traz como consequência às plantas um desenvolvimento vegetativo comprometido (altura de plantas), tamanho de raiz (redução absorção de água e nutrientes), baixo índice de área foliar (redução da captação de luz e trocas gasosas), abortamento de flores, vagens/espigas, redução do peso de grãos.

 As regiões mais afetadas variam de acordo com o comportamento climático anual, porém, o extremo Sul do Brasil e nordeste são mais afetados.

 As técnicas e produtos que continuam se destacando no manejo de lavouras sob estresse são: calcário e gesso agrícola, uso de fertilizantes de semeadura e cobertura de qualidade e no momento certo e no local certo, uso de produtos biológicos à base de Azospirillum brasilense, Bacillus subtilis, entre outros, além de manter o solo sempre coberto por resíduos vegetais, realizar aplicações foliares estratégicas de fósforo, manganês, zinco, cobalto, molibdênio e aminoácidos.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Produtores de quiabo priorizam materiais que garantem regularidade de oferta

2

Como a Doença de Gumboro afeta a sanidade, performance e rentabilidade das Aves

3

Extratos da alga Ascophyllum nodosum impulsionam eficiência e sustentabilidade na produção agrícola

4

Dia Mundial do Solo: máquinas agrícolas contribuem para preservação e evitam compactação no campo

5

FMC reforça liderança na cultura de cana com o retorno de Leonardo Brusantin como gerente da cultura

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Café - Crédito: Fernanda Duarte

Suspensão de tarifas traz alívio ao café, mas estoques baixos mantêm suporte aos preços

Fotos: Sandra Brito

Sorgo: o cereal que reescreve o agronegócio brasileiro

Lançamento da Nidera Sementes foca em alto potencial produtivo aliado à hiperprecocidade (Divulgação/Syngenta)

Syngenta lança híbrido de milho hiperprecoce mirando importante mercado do sul do Brasil

Foto: Adriano Leite

Sorgo em alta: o cereal que desafia a seca e conquista o Cerrado