Algas marinhas com inoculante aumentam floração e absorção de nitrogênio na soja

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Publicado em 24 de setembro de 2018 às 07h16

Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 07h16

Acompanhe tudo sobre Água, Alga, Nitrogênio, Nutrição, Semente tratada e muito mais!

Tiago Henrique Costa Silva

Mestrando em Proteção de Plantas ” Instituto Federal Goiano ” Urutaí (GO)

tiago@agronomo.eng.br

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A aplicação de algas marinhas associadas ao inoculante traz grandes benefícios, atuando no crescimento, balanço hídrico fisiológico e na nutrição da planta, e esta, em resposta, consegue ter um estímulo maior no crescimento radicular, em números de raízes e radicelas (raízes secundárias, responsáveis por 80% da absorção de água e nutrientes).

Com isso temos mais raízes, mais área livre para formação de nódulos bacterianos naturais benéficos que captam nitrogênio atmosférico para dentro da planta e, consequentemente, tornando a planta mais vigorosa e sadia, refletindo em mais formação e pegamento de flores. Tudo isso se deve ao sinergismo entre algas marinhas e inoculantes.

 

Mais vantagens

Além do benefício no incremento de absorção de nitrogênio, devemos salientar outros benefícios muito importantes, como a utilização da alga marinha na cultura da soja.Uma planta tratada com estas substâncias garante também uma lavoura mais vigorosa e resistente ao estresse hídrico e salino, aumenta a eficiência de absorção de mais macro e micronutrientes pela rizosfera das raízes, revertendo em incremento de produtividade.

Em campo

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Os resultados mais notados no campo foram maior número de raízes/plantas, maior número de nódulos/cm² de raízes, melhor aproveitamento de nutrientes do solo e atmosféricos (nitrogênio), maior pagamento e retenção de flores/vagens por planta, maior resistência a diferentes estresses ambientais e fisiológicos, maior vigor e sanidade na planta e, por fim, maiores produções por hectare.

Floração e produção

Uma planta menos estressada ou com resistência maior ao estresse tem a capacidade de se desenvolver melhor e demonstrar seu potencial genético de produção.

O processo de retenção de flores é um dos fatores mais importantes na produção. Portanto, as algas marinhas associadas a inoculantes atuam na fisiologia das plantas, deixando-as menos sensíveis a condições adversas, mais focadas no seu desenvolvimento natural e induzindo a um maior número de flores/planta.Consequentemente, há maior número de vagens com grãos por metro quadrado de plantio.

Manejo

Existem, no agronegócio, centenas de empresas especializadas na elaboração de produtos à base de algas marinhas e inoculantes. Assim, recomendo primeiramente que o produtor procure um engenheiro agrônomo de sua confiança para ter a melhor indicação de dose/kg/sementes tratadas e o momento certo de aplicação.

Mas, de forma geral, observamos que a maioria das empresas de pesquisas recomendam a aplicação das algas marinhas + inoculantes horas antes do plantio das sementes, onde posteriormente é feita uma nova aplicação já na fase reprodutiva da planta de soja (R1) no início da floração.

Esta aplicação na fase da floração é feita somente com algas marinhas, pois inoculantes não têm efeito neste momento, que é quando a planta de soja está entrando em plena fase de reprodução, momento que faz com que sua imunidade caia e aumente o estresse da planta no ambiente, trazendo alto risco de abortamento floral.

Com um reforço na aplicação de alga marinha via foliar nesta fase a planta se mostra mais resistente, com maior retenção de flores, vagens, grãos e, consequentemente, incrementando em produtividade por hectare.

 

Investimento

Os custos dependem de vários fatores, como empresas produtoras, se a negociação é direta ou via distribuidor, a dose e o posicionamento. Assim, como dito anteriormente, o melhor a se fazer é procurar sempre a orientação de um engenheiroagrônomo para o melhor aproveitamento dessa tecnologia.

De forma geral, o investimento fica, em média, de 0,5 a 1,0 sc/soja/ha, valor baixo em vista dos benefícios que traz, proporcionando um incremento de até 40% na produção/ha, ou seja, entre 2,0 e 4,0 sc/soja/ha.

Essa matéria você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

 

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