Como funcionam as calhas autoirrigáveis na hidroponia?

Crédito Hidrogood

Publicado em 4 de abril de 2017 às 07h50

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h39

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Talita de Santana Matos

Elisamara Caldeira do Nascimento

Glaucio da Cruz Genuncio

glauciogenuncio@gmail.com

Doutores em Agronomia

Crédito Hidrogood
Crédito Hidrogood

As calhas autoirrigáveis podem ser divididas em dois sistemas – o NGS, ou NewGrowing System, é um conjunto de calhas, ou melhor, bolsas cujo material utilizado para a fabricação é o polietileno (PE), que tem como premissa a circulação de uma solução nutritiva através de um conjunto de bolsas, sendo que a primeira tem como funcionalidade a disponibilização da água e nutrientes às raízes das plantas, e as demais são projetadas para a drenagem da solução nutritiva excedente.

O segundo sistema, chamado HFS (Hidrogood FruitSistem), tem por objetivo a produção de hortaliças-fruto e plantas de grande porte, como tomate, pimentão, pepino, jiló, berinjela, para a fase final, junto de um projeto inovador que compreende em um sistema de baixa potência instalada, sistema de controle de baixo custo, controle de consumo de água e fácil manejo da cultura.

O sistema HFS é composto por dois reservatórios, um com água e outro com solução nutritiva, ambos trabalhando por gravidade, com capacidade do reservatório de acordo com o projeto. Com a gravidade há a distribuição de água e nutrientes até reservatórios individuais com controle de nível, instalado em nível no solo. Cada um possui uma microbomba de baixa potência que alimenta dois perfis R150, com retorno no próprio reservatório individual, formando-se assim um ciclo fechado entre esses componentes.

Como funciona

O sistema de controle é simples. Com um sensor acoplado dentro de um reservatório individual, que represente a área de produção, mede-se a temperatura e condutividade elétrica da solução nutritiva. Com esses dados, a partir de um valor base de EC da cultura, o painel de controle irá ditar o acionamento de válvulas solenoides, permitindo a entrada de água ou solução nutritiva dos reservatórios principais até os individuais, mantendo a concentração de nutrientes dentro do desejado.

O sistema tem como benefícios: menor consumo de energia elétrica e, consequentemente, maior potencial de uso de energia alternativa, como eólica e solar, assim como maior controle da adubação, pois tem como premissa a automação na aplicação de fertilizantes a partir de uso de controladores que injetam os nutrientes de acordo com o consumo da planta. Por ser automatizado, reduzem-se erros oriundos do controle manual.

O sistema pode ser setorizado, favorecendo o plantio de hortaliças, por exemplo, tomate, em diferentes estádios de desenvolvimento.O sistema pode ser utilizado no plantio de hortaliças, frutíferas, ornamentais, medicinais, além de hortaliças folhosas.

Uma das grandes vantagens é que o manejo da cultura não muda muito, alterando somente o controle da nutrição, que se torna mais eficiente, por ser automatizado.

No Brasil, o sistema HFS é utilizado principalmente para o cultivo de hortaliças de fruto, tais como o tomate e o pimentão. Existem relatos que expressam bons resultados com ouso deste sistema, devido a redução da energia elétrica.

Para a implantação do sistema, o custo está em torno de R$ 150,00/m2, contabilizando estruturas de proteção (estufa ou casa de vegetação). O sistema, por possuir um melhor controle nutricional e apresentar maior possibilidade de aplicação de tecnologias que reduzam o consumo de energia ou eliminem a dependência desta, configura um custo-benefício que determina a aquisição desta tecnologia.

 

Essa matéria você encontra na edição de abril 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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