Fenicafé: Engenheiro agrônomo destaca a importância do manejo da irrigação na cafeicultura

Para o professor José Alves Jr, da UFG e Diretor Institucional da ABID, já não se admite mais uma lavoura irrigada sem nenhum tipo de manejo de Irrigação
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Créditos Henrique Vieira

A irrigação é uma das últimas tecnologias a serem aplicadas para aumento de produtividade, e na sequência, o manejo da irrigação vem para coroar este sistema. “O cafeicultor que irriga, mas não faz o manejo correto da água é como se ele tivesse utilizando somente 50% do potencial da irrigação. A irrigação mesmo feita de forma errada, normalmente ainda dá uma resposta positiva, mas se feita corretamente, com certeza dará uma resposta ainda melhor ao produtor. Então, para atingir o máximo da sua eficiência produtiva é necessário fazer um projeto agronômico e hidráulico bem feito e depois partir para o manejo correto da irrigação. O que nada mais é, que colocar a água na hora certa, e na quantidade certa, conhecendo muito bem o cafeeiro”, explica o engenheiro agrônomo José Alves Júnior, que falou sobre “Manejo prático da Irrigação no cafeeiro: o que o cafeicultor precisa saber” durante o 25ª Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada – evento que faz parte da programação da Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, que acontece até a próxima quinta-feira(18) em Araguari, no Triângulo Mineiro. 

Segundo Alves Jr, existem várias metodologias para fazer manejo da irrigação. Estudos mostram que em média os produtores irrigam cerca de 20 a 30% a mais do que o necessário. Com métodos simples de manejo e esses índices podem cair para 10%, 5%, até 0%, onde não se errará mais. “Já não se admite mais lavouras irrigadas sem nenhum tipo de manejo. À medida que o irrigante vai colhendo os benefícios do manejo correto da água, certamente buscará incorporar tecnologias para errar cada vez menos até atingir a máxima eficiência de uso da água, e o máximo benefício que a irrigação pode oferecer”, completa. 

Hoje existem métodos simples de manejo, como medir apenas temperatura e chuva na propriedade. E também os mais avançados, vendidos por empresas especializadas, que apresentam informações em tempo real, possibilitando assim a melhor tomada de decisão. “Cabe ao cafeicultor conscientizar-se da sua necessidade e adotar o método que melhor se enquadre em sua propriedade. Com um manejo eficiente o produtor não só economiza água, como também traz inúmeros benefícios para a produtividade e competitividade, já que é isso que dá sustentabilidade para o setor”.

O especialista destaca também, o impacto de eventos como a Fenicafé para o setor cafeeiro. “Feiras como esta são de extrema importância tanto para as empresas apresentarem seus produtos e tecnologias, quanto para os especialistas apresentarem suas experiências, mostrando os benefícios ao produtor com dados científicos referente à anos de estudos e pesquisas”. 

A Fenicafé é promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) em parceria com a C3 Consultoria, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café e Prefeitura Municipal de Araguari.

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