Fenicafé: Engenheiro agrônomo destaca a importância do manejo da irrigação na cafeicultura

Para o professor José Alves Jr, da UFG e Diretor Institucional da ABID, já não se admite mais uma lavoura irrigada sem nenhum tipo de manejo de Irrigação

Publicado em 18 de abril de 2024 às 15h35

Última atualização em 18 de abril de 2024 às 15h35

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Créditos Henrique Vieira

A irrigação é uma das últimas tecnologias a serem aplicadas para aumento de produtividade, e na sequência, o manejo da irrigação vem para coroar este sistema. “O cafeicultor que irriga, mas não faz o manejo correto da água é como se ele tivesse utilizando somente 50% do potencial da irrigação. A irrigação mesmo feita de forma errada, normalmente ainda dá uma resposta positiva, mas se feita corretamente, com certeza dará uma resposta ainda melhor ao produtor. Então, para atingir o máximo da sua eficiência produtiva é necessário fazer um projeto agronômico e hidráulico bem feito e depois partir para o manejo correto da irrigação. O que nada mais é, que colocar a água na hora certa, e na quantidade certa, conhecendo muito bem o cafeeiro”, explica o engenheiro agrônomo José Alves Júnior, que falou sobre “Manejo prático da Irrigação no cafeeiro: o que o cafeicultor precisa saber” durante o 25ª Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada – evento que faz parte da programação da Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, que acontece até a próxima quinta-feira(18) em Araguari, no Triângulo Mineiro. 

Segundo Alves Jr, existem várias metodologias para fazer manejo da irrigação. Estudos mostram que em média os produtores irrigam cerca de 20 a 30% a mais do que o necessário. Com métodos simples de manejo e esses índices podem cair para 10%, 5%, até 0%, onde não se errará mais. “Já não se admite mais lavouras irrigadas sem nenhum tipo de manejo. À medida que o irrigante vai colhendo os benefícios do manejo correto da água, certamente buscará incorporar tecnologias para errar cada vez menos até atingir a máxima eficiência de uso da água, e o máximo benefício que a irrigação pode oferecer”, completa. 

Hoje existem métodos simples de manejo, como medir apenas temperatura e chuva na propriedade. E também os mais avançados, vendidos por empresas especializadas, que apresentam informações em tempo real, possibilitando assim a melhor tomada de decisão. “Cabe ao cafeicultor conscientizar-se da sua necessidade e adotar o método que melhor se enquadre em sua propriedade. Com um manejo eficiente o produtor não só economiza água, como também traz inúmeros benefícios para a produtividade e competitividade, já que é isso que dá sustentabilidade para o setor”.

O especialista destaca também, o impacto de eventos como a Fenicafé para o setor cafeeiro. “Feiras como esta são de extrema importância tanto para as empresas apresentarem seus produtos e tecnologias, quanto para os especialistas apresentarem suas experiências, mostrando os benefícios ao produtor com dados científicos referente à anos de estudos e pesquisas”. 

A Fenicafé é promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) em parceria com a C3 Consultoria, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café e Prefeitura Municipal de Araguari.

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