Uso de nitrogênio na pré-florada da soja aumenta produtividade

Crédito Miriam Lins

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 07h00

Última atualização em 10 de novembro de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Adubação, Inoculação, Nitrogênio, Tratamento de semente e muito mais!

 

Giancarlo Couto da Costa

Engenheiro agrônomo, consultor, produtor rural e empresário

giancarlo@verdeoeste.com

Crédito Miriam Lins
Crédito Miriam Lins

O nitrogênio (N) é considerado elemento essencial para as plantas, pois está presente na composição das mais importantes biomoléculas, tais como ATP, NADH, NADPH, clorofila, proteínas e inúmeras enzimas.

Em muitos sistemas de produção, a disponibilidade de nitrogênio é quase sempre um fator limitante, influenciando o crescimento da planta mais do que qualquer outro nutriente. Dada a sua importância e a alta mobilidade no solo, o nitrogênio tem sido intensamente estudado, no sentido de maximizar a eficiência do seu uso. Para tanto, tem-se procurado diminuir as perdas do nitrogênio no solo, bem como melhorar a absorção e a metabolização do N no interior da planta.

Influência nos estádios fenológicos

O elemento mais requerido pela soja é o nitrogênio. Portanto, para uma produção de 3.000 kg/ha, há a necessidade de 246 kg de nitrogênio, que são obtidos, em pequena parte, do solo (25 a 35%) e, na maior parte, pela fixação simbiótica do nitrogênio (65 a 85%).

Por estes dados pode-se avaliar a importância de se fazer uma inoculação bem feita, com inoculante de boa qualidade, para ter eficiência na fixação simbiótica do nitrogênio do ar a custo zero, por meio das bactérias nos nódulos das raízes da soja.

Por isso, deve-se evitar a adubação com nitrogênio mineral, pois além de causar a inibição da nodulação e reduzir a eficiência da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico, não aumenta a produtividade da soja. Quando a adubação for feita com adubo formulado, cuja fórmula possua nitrogênio e esta seja de menor custo que a mesma fórmula sem nitrogênio, pode-se utilizá-la na semeadura, desde que não ultrapasse 20 kg de N/ha.

É importante lembrar que, para que a fixação simbiótica seja eficiente, há a necessidade de se corrigir a acidez do solo e fornecer os nutrientes que estejam em quantidades limitantes.

Fique atento

É bom lembrar que não se deve aplicar nitrogênio na forma de adubação na cultura da soja, pois esta é feita pelas bactérias provenientes da inoculação feita no tratamento de sementes, antes do plantio.

Porém, foram feitos trabalhos com a aplicação de nitrogênio na pré-florada da cultura visando ativar fisiologicamente a planta, mostrando que há melhor aproveitamento dos demais nutrientes, o que acarretou ganhos significativos em produtividade.

No início do florescimento da cultura pulveriza-se 2 kg de N/ha. O requerimento de nitrogênio pelas plantas atinge o seu ápice no florescimento. Este fornecimento pontual de N favorece o maior pegamento de vagens/planta e prepara a planta para o enchimento de grãos. Com isso, os resultados em produtividade chegaram a 10 sc/ha a mais.

A melhor relação custo/beneficio foi obtida com aplicações de 2 kg de N/ha. O custo fica em torno de 80,00/ha, ou seja, pouco mais que 1 sc/ha.

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