Tecnologias validadas confirmam sucesso da prática

A técnica consiste em suspender a irrigação na estação seca do ano durante um período de 72 dias - Crédito Omar Rocha

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 19h40

Última atualização em 10 de janeiro de 2018 às 19h40

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 A técnica consiste em suspender a irrigação na estação seca do ano durante um período de 72 dias - Crédito Omar Rocha
A técnica consiste em suspender a irrigação na estação seca do ano durante um período de 72 dias – Crédito Omar Rocha

Cafeicultores da Bahia, Goiás e Minas Gerais que produzem em região de Cerrado participaram da validação da pesquisa da Embrapa Cerrados e já utilizam a técnica com excelentes resultados na produção. Estima-se que cerca de 36 mil hectares de café desses Estados sejam cultivados com essas tecnologias.

O cafeicultor Guy Carvalho Filho conheceu, na Embrapa Cerrados, os resultados da produção propiciados pela união da adubação fosfatada ao estresse hídrico e levou as tecnologias para sua propriedade no Sul de Minas e para mais 10 cafeicultores da região.

Em todas as propriedades, o aumento das doses de fósforo de aproximadamente 35 kg para 300 kg de P2O5 por ha/ano propiciou aumentos de produtividade que variam de 05 a 16 sacas de café beneficiado por hectare, dependendo do nível tecnológico adotado por produtor.

Para o cafeicultor, a tecnologia também permite atender a demanda mundial de produção de café em menor área de cultivo. A realidade de muitas propriedades certificadas, de pequeno e médio porte da região, é garantir a produção de cafés especiais, com sustentabilidade. Ele utiliza o estresse hídrico há cinco anos em sua propriedade e confirma a eficácia. “Melhorou a qualidade do nosso café e aumentou a produtividade“, comemora.

Na Fazenda Passeio, em Monte Belo, Sul de Minas Gerais, uma área de café com mais um milhão de pés de cafés já recebe, há sete anos, adubação fosfatada em doses mais elevadas. “A adoção dessa tecnologia trouxe aumento de produtividade de forma crescente com o aumento da quantidade do fertilizante aplicado, além de mais enraizamento das plantas e aumento de resistência a doenças“, conta o cafeicultor Adolfo Vieira, proprietário de fazenda de café.

Ele explica que, no início, aplicavam adubo superfosfato simples (cerca de 18% de fósforo) e, posteriormente, passaram para o superfosfato triplo (cerca de 42% de fósforo). “Fazemos duas aplicações do fertilizante, sendo a primeira de outubro a dezembro e, a segunda, de janeiro a março. A decisão é orientada pela análise de solo, produtividade e aspecto da lavoura“, explica Adolfo.

Boa florada significa alta produtividade - Crédito Ivanir Maia
Boa florada significa alta produtividade – Crédito Ivanir Maia

No período de 2000 a 2006, a média de produção da Fazenda Passeio foi de 38,7 sacas por hectare. Após o aumento das doses de fósforo, de 2006 a 2013, a média passou para 45,4 sacas por hectare, sem irrigação.

A Fazenda Lagoa d´Oeste, na Bahia, também validou as tecnologias e comprovou que a adubação fosfatada equilibrada aliada ao estresse hídrico permitiu retorno financeiro em solos do Cerrado.

Em 2005, foi adotado o estresse hídrico controlado, que promoveu a redução de custos, das perdas na colheita, de pragas, da requeima e da alta incidência de flores tipo estrelinhas. A tecnologia permitiu ainda o controle da floração do cafeeiro, a uniformização da maturação dos frutos, a oportunidade para fazer a manutenção de equipamentos, além de ter garantido repouso das plantas e apontado falhas no programa de fertilização até então utilizado. A partir de 2006, foi a vez da fosfatagem, que permitiu a revisão da quantidade de fósforo aplicada.

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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