Sebrae lança plataforma de rastreabilidade ‘Origem Controlada Café’

Sistema promete ampliar o acesso a novos mercados consumidores e pode beneficiar mais de 100 mil produtores distribuídos por 424 municípios em todo o país
Belo Horizonte_MG, 22 de Novembro de 2024 cafe_editora_sic 2024 Fotos dos estandes, palestras e participantes da semana internacional do cafe que acontece no pavilhao do expominas. Imagem: Gustavo Baxter / NITRO

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 10h47

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h14

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Crédito Gustavo Baxter-NITRO
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Fotos dos estandes, palestras e participantes da semana internacional do cafe que acontece no pavilhao do expominas.

Imagem: Gustavo Baxter / NITRO

Minas Gerais possui seis das 15 Indicações Geográficas (IGs) para cafés no Brasil. Para proteger e comunicar ao mercado as regiões produtoras com IG, o Sebrae lançou a plataforma de rastreabilidade Origem Controlada Café. O sistema reúne e monitora dados sobre todas essas IGs brasileiras e foi apresentado durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte. A ferramenta vai contribuir para ampliar o acesso a mercados nacionais e estrangeiros e pode beneficiar mais de 100 mil produtores espalhados por 424 municípios em todo o país. A plataforma pode ser acessada pelo link

A iniciativa é resultado de um projeto desenvolvido em conjunto pelo Sebrae, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Instituto CNA. “A rastreabilidade é uma exigência do mercado. Hoje, o comprador do exterior quer todos os dados do produto com origem controlada e a plataforma consegue dar essas respostas, informando quem produz, onde, qualidade, características sensoriais dos cafés que têm IG, e várias outras informações técnicas”, explica a analista de Inovação do Sebrae Nacional Hulda Giesbrecht. 

O registro de Indicação Geográfica (IG) é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para atestar que um determinado produto ou serviço tem qualidades especiais graças à origem geográfica. Com as IGs, os produtos podem ser mais valorizados e as regiões produtoras podem se beneficiar coletivamente, impulsionando o crescimento econômico e turístico. A canastra foi a última região produtora mineira a obter a chancela junto ao INPI, em setembro do ano passado. 

Hoje, em Minas Gerais, as regiões produtoras Campo das Vertentes (2020), Matas de Minas (2020) e Sudoeste de Minas (2023) já têm a chancela do registro na modalidade Indicação de Procedência (IP), enquanto Região do Cerrado Mineiro (2013), Mantiqueira de Minas (2020) e Canastra (2023) conquistaram a Denominação de Origem. 

Para o presidente da Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra), José Carlos Bacili, a plataforma vai gerar diversos benefícios para os produtores e as regiões cafeeiras reconhecidas. “Hoje, você não consegue consolidar um produto e um serviço sem rastreabilidade. Isso é fundamental para que tenhamos credibilidade naquilo que oferecemos. Essa plataforma é uma das ferramentas mais importantes para consolidar todo o trabalho que estamos fazendo”, ressalta. 

Na avaliação do superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Juliano Tarabal, a ferramenta será muito importante para integrar, em uma única plataforma, todas as regiões brasileiras de café com indicação geográfica. “Nossa região foi a primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do país. A plataforma vai auxiliar no alinhamento das informações de rastreabilidade e gestão das IGs frente aos produtores e torrefações que serão os usuários, ampliando a massa crítica no entorno do conceito de indicação geográfica”, destaca.

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