Rabanete híbrido é resistente à rizoctonia

Crédito Pâmela Gomes

Publicado em 28 de junho de 2015 às 07h00

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h35

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Pâmela Gomes Nakada Freitas

Engenheira agrônoma e professora da Fundação Gammon de Ensino

Felipe Oliveira Magro

Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo de Jundiaí (SP)

Antonio Ismael Inácio Cardoso

Engenheiro agrônomo e professor do Departamento de Horticultura da FCA/UNESP

ismaeldh@fca.unesp.br

 

Crédito Pâmela Gomes
Crédito Pâmela Gomes

O rabanete (Raphanussativus L.) pertence à família Brassicaceae, a mesma da rúcula, couve, brócolis, couve-flor, repolho, agrião, entre outras. É uma planta de porte reduzido, que produz raiz tuberosa.

Sua produção varia quanto à forma (redonda, oval ou alongada), tamanho, coloração (vermelha, amarela, rosa ou branca) e sabor. No Brasil predominam cultivares com raízes redondas, com cor externa vermelha e interna branca. Normalmente as raízes são consumidas cruas na forma de saladas frescas.

Além de ser uma hortaliça bastante apreciada, o rabanete possui algumas propriedades medicinais de conhecimento popular, como: diurético, antiescorbútico, estimulante da função das glândulas digestivas e estimulante do fígado. Também é recomendado como expectorante no caso de tosses e bronquites. O rabanete é rico em vitaminas B1, B2 e C, além de ácido nicotínico.

O ciclo do rabanete é curto em relação a outras hortaliças, podendo realizar a colheita entre 25 a 45 dias após a semeadura. Para sua comercialização cortam-se as folhas, ou, se as folhas se apresentarem sadias, com bom aspecto visual, poderão ser comercializadas com as mesmas em forma de maçaria.

A produtividade do rabanete varia de 15 a 30 toneladas por hectare, ou 16 mil a 20 mil maços por hectare. No Brasil, a produção está mais concentrada nos estados das regiões Sudeste e Sul.

A resistência dos híbridos resulta em melhor qualidade final da produção - Crédito Pâmela Gomes
A resistência dos híbridos resulta em melhor qualidade final da produção – Crédito Pâmela Gomes

 

Propagação

O rabanete é propagado por sementes e é intolerante ao transplante, sendo semeado direto no canteiro a uma profundidade de até 1,5cm. Normalmente o produtor semeia uma quantidade de sementes maior que a necessária para evitar falhas no estande. Deste modo, o gasto com sementes é muito grande, podendo ser de 10 a 20 kg/ha. Por isto, deve ser feito o desbaste quando as plantas atingirem cerca de 5 cm de altura, permanecendo as mais vigorosas.

Lotes com sementes mais vigorosas geralmente resultam em melhor população de plantas e melhor desenvolvimento inicial. Vários autores afirmam que em espécies com ciclo curto, como é o caso do rabanete, o efeito do vigor das sementes pode ser mantido até o final do ciclo, com menos falhas no campo, maior uniformidade do produto e redução no ciclo, com vantagens aos produtores por poderem realizar a colheita antes, com menor custo. Portanto, pode-se afirmar que a semente é o principal insumo nesta cultura.

Os híbridos têm mais uniformidade e rendimento em raízes comerciais - Crédito Ana Maria Diniz
Os híbridos têm mais uniformidade e rendimento em raízes comerciais – Crédito Ana Maria Diniz

Adaptação climática

Visando a produção comercial de raízes, o rabanete é uma espécie adaptada a climas amenos, recomendando-se a semeadura de outono, inverno ou início da primavera. Em regiões de elevada altitude pode ser plantada no verão. Tolera bem o frio e geadas leves.

A germinação é máxima na faixa de temperatura entre 20 e 25°C. Temperaturas acima de 35 ºC são prejudiciais à germinação das sementes da maioria das cultivares. A 15°C a germinação é mais lenta, mas a porcentagem final de sementes germinadas não é reduzida. Além da temperatura, outros fatores influenciam na emergência, como o tipo de solo, teor de umidade e a profundidade da semeadura.

O espaçamento pode variar em função da cultivar ou híbrido. Normalmente recomenda-se de 15 a 20cm entre linhas e de 5 a 10cm entre plantas após o desbaste.

 Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

Solo e adubação

Deve-se dar preferência a solos de textura leve e prepará-lo bem destorroado, livre de pedras e restos de raízes. Evitar solos encharcados que acumulam muita água e adotar canteiros altos quando o cultivo for conduzido em períodos chuvosos, para evitar encharcamento na base das plantas.

Deve-se preferir, sempre que possível, solos naturalmente férteis. A análise de solo deve ser sempre indicada. A partir desta pode-se recomendar a calagem, com cerca de 40-60 dias antes da semeadura, visando uma saturação por bases (V) de 70 a 80% e pH de 5,5 a 6,5.

Quanto à adubação orgânica, recomenda-se de 20 a 40 t/ha de esterco bovino bem curtido ou composto orgânico, sendo a maior dose para solos arenosos. A dose também depende do histórico da área e do teor de nutrientes do adubo orgânico. Pode-se utilizar também 1/4 dessas quantidades se for esterco de galinha. Todos devem ser bem incorporados ao solo, entre 10 e 20 dias antes da semeadura.

Adubação de cobertura: parcelar em até duas aplicações, iniciando sete a 10 dias após a semeadura. Recomenda-se de 30 a 80 kg/ha de N. Doses excessivas de N predispõem as plantas à maior incidência de doenças fúngicas e bacterianas, além de favorecer o rachamento das raízes.

Essa matéria completa você encontra na revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de junho. Adquira a sua para leitura integral.

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