Quais os erros que podem acontecer na adubação do cafeeiro?

Quais os erros que podem acontecer na adubação do cafeeiro?
Quais os erros que podem acontecer na adubação do cafeeiro?

Publicado em 13 de outubro de 2019 às 14h45

Última atualização em 13 de outubro de 2019 às 14h45

Acompanhe tudo sobre Adubação, Análise de solo, Café, Calagem, Cálcio, Cerrado, Coró, Nutrição, Plantio, Solo e muito mais!

Autor

Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)
givago_agro@hotmail.com

Crédito Shutterstock

Um dos principais erros cometidos por produtores ou técnicos responsáveis pelo manejo nutricional do cafeeiro é não definir as quantidades de corretivos e fertilizantes de acordo com os resultados das análises de solo. Outro erro bastante comum é a interpretação equivocada da análise de solo, seja em relação ao método ou às próprias tabelas utilizadas.

A estreita relação de alguns nutrientes com o desenvolvimento radicular, com destaque para cálcio e fósforo, sugere um cuidado especial no adequado suprimento desses elementos desde o plantio.

Para um bom programa de adubação, o primeiro passo é a coleta e análise do solo em que o cultivo ocorrerá. Assim, é necessário que se faça a análise do solo antes da implantação da lavoura e após sua implantação. As análises e interpretação dos resultados com a recomendação correta da adubação para o cafeeiro no estado de Minas Gerais é feita com base nas Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais – 5ª Aproximação (Guimarães et al., 1999).

O mesmo descreve a metodologia correta para coleta de solo para análise visando à correção e adubação do mesmo na implantação do cafezal. Neste caso, a coleta deve ser efetuada nas camadas de 0 a 20 e 20 a 40 cm no mesmo local amostrado e em que foi realizada a perfuração do solo.

Já para lavouras implantadas a amostragem deve ser realizada sob a projeção da copa (local da aplicação dos fertilizantes), a uma profundidade de 0 a 20 cm.

Os autores indicam que a amostragem deve ter periodicidade anual, a partir de 60 dias após a última adubação ou feita após a esparramação. A esparramação nada mais é que o ato de desfazer as leiras ou as coroas formadas na etapa de arruação, realizando o espalhamento do “cisco” e a terra de forma homogênea no terreno. Isto deve ser feito preferencialmente, tendo por objetivo dar base para a recomendação de calagem e a aplicação de fertilizantes para a próxima safra.

No caso de períodos mais prolongados (quatro em quatro anos), é importante a análise do solo de amostras coletadas no meio da rua ou entrelinhas, (0 a 20 cm) e na profundidade de 20 a 40 cm sob a projeção da copa. O objetivo principal da análise de amostras coletadas no meio da rua é determinar o grau de acidificação, que frequentemente é menor nestes locais quando comparado às áreas compreendidas pela projeção da copa e os teores de nutrientes, pois determinados elementos apresentam elevados índices de variação em função da prática da arruação nas entrelinhas.

Além disso, neste mesmo período, os resultados da análise de amostras coletadas de 20 a 40 cm também na projeção da copa visa apontar o teor de acidez e lixiviação de nutrientes (Guimarães et al., 1999).

Vantagens

A assimilação e a disseminação dos conhecimentos nas áreas de fertilidade e nutrição do cafeeiro, entre os produtores, também contribuíram para o aumento da produtividade, e já não é rara a produção de mais de 100 sacas beneficiadas por hectare (Favarin et al., 2013).

Além disso, os fertilizantes têm a participação média de 18,45% nos custos operacionais ao longo dos anos avaliados e tal fato se explica, em parte, pelos investimentos no cultivo, na busca de melhoria da produtividade e qualidade do café. Vale lembrar que os custos de produção são variáveis para cada região e ano de avaliação.

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