Pó de rocha: Controle cultural de pragas e doenças nas lavouras

Também conhecido como pó de rocha por agricultores e agrônomos, o remineralizador FMX (Fino de Micaxisto) é utilizado como fonte de potássio, mas por ser uma rocha silicática e ter altos teores de silício, também é usada como ferramenta no controle cultural de pragas e doenças na lavoura.
O pó de rocha remineraliza o solo e é indutor de resistência para as planta – Crédito: Shutterstock

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 10h08

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 10h08

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Além de fertilizar e remineralizar o solo, o FMX atua como indutor de resistência para as planta

O pó de rocha remineraliza o solo e é indutor de resistência para as planta – Crédito: Shutterstock

Também conhecido como pó de rocha por agricultores e agrônomos, o remineralizador FMX (Fino de Micaxisto) é utilizado como fonte de potássio, mas por ser uma rocha silicática e ter altos teores de silício, também é usada como ferramenta no controle cultural de pragas e doenças na lavoura. Além de melhorar a fertilidade e remineralizar o solo, o insumo nutre a planta e atua como indutor de resistência ao ataque de pragas e doenças.

Mestre em agronomia e especialista em fertilidade solo e nutrição de plantas, Saulo Brockes explica que uma das funções do silício é o incremento e espessura da parede celular. Isso porque o silício se acumula na parede foliar aumentando a rigidez e dificultando a entrada de insetos e patógenos na planta. Ele pontua ainda que, na maioria dos casos, isso causa desgaste acentuado nas mandíbulas de lagartas impossibilitando seu avanço na cultura.

Um aspecto importante a ser lembrado é que o acúmulo de silício varia amplamente às diferentes espécies. Portanto, as respostas das culturas à aplicação variam muito. “Comprovadamente, plantas acumuladoras de silício como as gramíneas: arroz, milho, cana-de-açúcar, trigo, sorgo e pastagens respondem de maneira positiva ao manejo com FMX”, completa Saulo.

Sustentabilidade

Já é rotineira, em muitos países, a integração do uso de silicatos e pós de rochas nas práticas agrícolas. Entre os benefícios, estão a substituição de fertilizantes químicos e sintéticos, e redução da contaminação ambiental, além promover a proteção das plantas, sendo uma excelente alternativa voltada para agricultura sustentável.

É importante ressaltar que o remineralizador não precisa ser aplicado ao solo com outro produto. A aplicação é simples e pode ser feita com o mesmo maquinário do calcário, via calcareaderia ou distribuidor de sólidos, para grandes áreas ou mesmo manualmente em áreas menores.

Saulo afirma que a estimativa de Goiás ultrapassa 60 mil hectares com uso de uso de remineralizadores/pós de rochas. “Incluímos nesta lista culturas de grãos, sementes, frutíferas, florestais, hortícolas, forrageiras e já se estende o uso do FMX também em confinamento de gado, onde os produtores visam produzir o próprio insumo dentro da fazenda. São utilizados dejetos de animais do confinamento adicionando o FMX e criando aí um organomineral dentro da fazenda”, pontua.

Ele acrescenta que a produtividade não é o único ponto em questão, mas ressalta a importância da rentabilidade e sustentabilidade na atividade agrícola. O especialista justificaque para atingir uma boa produtividade é preciso que o manejo seja planejado com antecedência para que sejam feitas todas correções e aplicações necessárias no solo, atendendo aos critérios que a planta exige.

“Quando falamos em pós de rocha e remineralizadores, devemos pensar em investimento no solo/planta a curto, médio e longo prazo, pois estamos promovendo a regeneração, equilíbrio, aumento da capacidade de retenção do carbono no solo, melhora da capacidade de troca de cátions (CTC) e a capacidade de retenção de água (CRA), além da contribuição para a bio-ativação do solo”, explica.

Como escolher?

Para escolher um remineralizador como fonte de nutrição para lavoura, o produtor deve optar sempre por produtos registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e observar outras características como: a biodisponibilidade para planta, disponibilidade do produto na região, propriedades químicas e físicas, baixa ou nula presença de metais pesados (contaminantes), boa relação e quantidades de potássio, cálcio e magnésio, e custo benefício relativamente baixo.

Os silicatos são as principais fontes de silício para os solos e para as plantas, alguns podem apresentar efeito corretivo de acidez do solo. “Isto significa dizer que possuem capacidade de neutralizar os agentes causadores de acidez do solo e produzir o ácido monosilícico, que é a principal forma de silício absorvida pelas plantas”, finaliza Saulo.

FMX TRATTO

FMX TRATTO é um bioinsumo agrícola, registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como remineralizador e condicionador de solo. O FMX é britanatural e derivado de um pó de rocha de qualidade, desenvolvido para tratamento mineral, remineralização e condicionamento de solos.

O bioinsumo fornece multinutrientes (K, Ca, Mg, Si, Mn, Zn, Fe, entre outros minerais) para estruturação do perfil produtivo, além de atuar como fonte natural de minerais para os solos e plantas. O FMX TRATTO é produzido em Aparecida de Goiânia-GO e pertence ao Grupo Actualpar. É o primeiro remineralizador de solos registrado no MAPA e aprovado pela Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD) para uso na produção orgânica.

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