Perspectivas do setor de tomate industrial

Créditos Abadia dos Reis

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 07h00

Última atualização em 10 de dezembro de 2014 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Colheita, Embalagens, Herbicida, Hortifrúti, Irrigação, Preparo de solo, Processamento, Pulverização, Rastreabilidade, Rentabilidade, Tomate, Transplantio e muito mais!

 

Rafael de Rezende Sant´Ana

Engenheiro agrônomo e vice-presidente da ABRATOP (Associação brasileira de tomate para processamento)

Abadia dos Reis Nascimento

Doutora e professora da Universidade Federal de Goiás – UFG

abadiadosreis@ufg.br

Créditos Abadia dos Reis
Créditos Abadia dos Reis

Atualmente, a área plantada com tomate industrial perfaz algo em torno de 17.600 hectares, com um volume estimado em 1,4 milhão de toneladas de tomate. A produção brasileira de tomate para processamento visa o suprimento das fábricas para produtos atomatados, tais como molhos, catchup, purê e extrato de tomate.

O crescimento desse mercado é diferenciado por produto, sendo verificado um maior crescimento no segmento de molhos devido à praticidade e mudança no perfil de consumo do brasileiro. No campo, temos mantido produtividade por hectare que varia em torno de 75 a 85 toneladas, sendo considerado estável nestes patamares, e oscilações existindo por fatores climáticos.

As principais regiões produtoras são Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco, com 69%, 13%, 17% e 1% respectivamente.

A realidade

As empresas processadoras ajudam os produtores fornecendo insumos como fertilizantes, fungicidas, inseticidas e herbicidas, bem como toda recomendação técnica para cultivo do tomate, os quais são posteriormente pagos com o tomate colhido.

O fornecimento dos insumos é uma das formas de manter a rastreabilidade da cadeia, evitando que produtos não registrados sejam aplicados na cultura. Os produtores, portanto, devem suprir os custos de preparo de solo, irrigação, equipamentos para pulverização e mão de obra para transplantio, pulverização e colheita mecanizada.

A cadeia de tomate para processamento possui, ainda, prestadores de serviço para transplantio e colheita mecanizada. Lembrando, ainda, que não existem colheitas manuais, sendo 100% da produção atual realizada mecanicamente.

O custo de produção está em torno de R$10.000,00, fora o frete para fábrica. Quando ao preço de venda, está, em média, em R$190,00 por tonelada, valores que podem variar dependendo da época de plantio e distância da fábrica.

Abadia dos Reis Nascimento, doutora e professora da UFG - Créditos Abadia dos Reis
Abadia dos Reis Nascimento, doutora e professora da UFG – Créditos Abadia dos Reis

Demanda

A indústria para processamento necessita de um volume aproximado de 1,4 milhão de toneladas de tomate. A produção brasileira tem capacidade para suprir a indústria, mas problemas climáticos podem reduzir a qualidade do tomate, especialmente quanto à cor, o que prejudica a polpa produzida, obrigando as indústrias a importar polpa de tomate com melhor qualidade para “blendar“, a fim de que o produto final tenha a mesma qualidade.

Novidade

A cadeia de tomate para processamento inova a cada ano, sendo que dificuldades para conseguir mão de obra no campo forçaram a cadeia a se mecanizar. Atualmente, 100% da colheita é mecanizada por máquinas italianas, que possuem seletores infravermelhos para separação de frutos (maduros e verdes).

O uso de híbridos com resistência a diversas doenças, melhores aspectos qualitativos, como firmeza e coloração, e alta produtividade, também vêm, ano a ano, melhorando a cadeia. Nas fábricas, o uso de embalagens flexíveis vem tomando o lugar de latas, gerando economia para o consumidor, por meio do menor custo e maior eficiência.

Viabilidade

A cadeia do tomate para processamento se difere das outras pela organização, planejamento, fornecimento de insumos, recomendação técnica e organização das empresas para realizar serviços como produção de mudas, transplantio, colheita e transporte da fazenda para indústria.

O tomate plantado para indústria é considerado uma das culturas com melhor rentabilidade por hectare. Problemas e riscos, como chuvas excessivas, pragas e doenças/vírus, podem ocasionar redução desta rentabilidade ou prejuízo aos produtores, o que é mitigado por híbridos mais resistentes, fungicidas mais eficientes e uso de técnicas como plantio de direto.

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