O uso do 2,4-D e sua importância para a agricultura

Mundialmente reconhecido como uma ferramenta básica na agricultura moderna, o sucesso do 2,4-D não se deve apenas a sua grande utilização como herbicida, mas também ao fato de apresentar um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis. A molécula é uma solução insubstituível na operação de pré-plantio ou dessecação das plantas daninhas e para eliminar restos de outras culturas antes do início de uma nova semeadura.

Publicado em 11 de abril de 2018 às 10h48

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 10h48

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Mundialmente reconhecido como uma ferramenta básica na agricultura moderna, o sucesso do 2,4-D não se deve apenas a sua grande utilização como herbicida, mas também ao fato de apresentar um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis. A molécula é uma solução insubstituível na operação de pré-plantio ou dessecação das plantas daninhas e para eliminar restos de outras culturas antes do início de uma nova semeadura.

Há mais de 70 anos, o 2,4-D tem sido um dos herbicidas mais utilizados do mundo e hoje é registrado em quase 100 países, com mais de 40 mil estudos desenvolvidos, passando por diversas revisões em relevantes entidades, como a Agência Regulamentadora do Canadá (PMRA), Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outras. Nesses estudos, governos do mundo inteiro julgaram que o 2,4-D é seguro para a saúde humana quando utilizado adequadamente, de acordo com rótulo e bula.

No Brasil, os primeiros estudos com o 2,4-D datam de 1946 e o herbicida possui registro desde a década de 1970. Atualmente, pode ser utilizado para culturas de trigo, milho, soja, arroz, arroz irrigado, cana-de-açúcar e pastagens e é uma importante ferramenta para aumentar a produtividade das lavouras e reduzir custos para o consumidor, sendo um dos herbicidas com maior custo-benefício do mercado.

Para Mauro Rizzardi, professor da Universidade de Passo Fundo e especialista em manejo de plantas daninhas, o 2,4-D se apresenta como uma das soluções mais eficientes, pois é uma ferramenta essencial no manejo de plantas de difícil controle, como por exemplo, a buva, leiteiro, picão-preto, nabiça, corda-de-viola, guanxuma, poaia, trapoeraba, entre outras. “Esta é uma substância já conhecida pelos produtores e continua a ser uma boa alternativa como rotação de mecanismo de ação”, afirma o professor. “As plantas daninhas representam uma ameaça à produtividade no campo, pois geram competição por luz, nutrientes e água com as plantas cultivadas, o que tem impacto direto no resultado da lavoura. Uma buva por metro quadrado pode reduzir a produtividade de 4 a 12% – ou seja, pode chegar a até 6 sacos por hectare, o que equivale a uma perda acima de R$ 400,00. A baixa produtividade devido à presença de plantas daninhas que não são controladas pode chegar a 40%”, explica.

Uma das principais discussões sobre o 2,4-D é sobre a associação do produto na utilização como desfolhante na Guerra do Vietnã, conhecido como “Agente Laranja”. Ambos são duas substâncias muito diferentes e o 2,4-D foi sim um dos componentes do Agente Laranja, porém juntamente com outra molécula, o 2,4,5-T. A produção e registro do 2,4,5-T foi descontinuado há quase 30 anos, enquanto o 2,4-D continua a ser um dos herbicidas mais confiáveis e utilizados em todo o mundo.

Outra dúvida bastante relevante é o potencial que a deriva do 2,4-D pode causar em culturas sensíveis próximas. A deriva é um problema inerente de qualquer aplicação de produtos agrícolas, sendo assim, é preciso redobrar os esforços para que a tecnologia de aplicação e as condições climáticas sejam as mais adequadas, ajudando o produtor a otimizar suas operações e a reduzir as perdas, melhorando assim a produtividade no campo.

“Há um grande esforço de iniciativas privadas, em parceria com o meio acadêmico para educar o produtor sobre a importância da utilização correta dos herbicidas”, comenta Jair Maggioni, coordenador da Inciativa 2,4-D. “Ações como esta têm produzido resultados positivos, reforçando a mensagem da importância dos cuidados na realização de um manejo sustentável que contribua para o aumento na produtividade e rentabilidade da lavoura, além de preservar a saúde e o meio ambiente”, complementa.

Sobre a Iniciativa 2,4-D

A Iniciativa 2,4-D é um grupo formado por representantes das empresas Dow AgroSciences, Nufarm e Albaugh, que, com apoio acadêmico, tem como propósito gerar informação técnica sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas, além de apoiar projetos que abordem esta questão, como o Projeto “Acerte o Alvo – evite a deriva na aplicação de agrotóxicos”, realizado no Paraná. O foco é educar o produtor sobre a importância da utilização correta de tecnologias que garantam a qualidade da aplicação dos defensivos agrícolas. O grupo defende que o uso adequado das tecnologias de aplicação e a precaução para evitar a deriva são essenciais para garantir a eficácia e a segurança ambiental na utilização de defensivos agrícolas. A Iniciativa 2,4-D se apresenta como fonte de informação e esclarecimento, que, apoiada por estudos acadêmicos, visa desmistificar o emprego do 2,4-D. Para saber mais, acesse: www.iniciativa24d.com.br

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