Nutrição foliar diminui perdas na produção de soja

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Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 07h00

Última atualização em 24 de dezembro de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Adubação, Água, Fosfito, Nutrição, Nutrição foliar e muito mais!

 

Tadeu Takeyoshi Inoue

Doutor em Solos e Nutrição de Plantas e professor da Universidade Estadual de Maringá – Departamento de Agronomia

ttinoue@uem.br

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As perdas ligadas ao equilíbrio nutricional da lavoura ocorrem em várias etapas do processo produtivo, mas principalmente no período de crescimento e desenvolvimento da planta, onde ela acumula reservas no seu tecido vegetativo (folha, caule, raízes), que posteriormente servirão de fonte para sua formação.

Condições para a semente

A formação da semente depende diretamente da condição nutricional da planta mãe. Assim, quanto melhor essa condição, melhor o desenvolvimento do grão ou semente, pois a planta estará mais apta a produzir inflorescências, e assim também um número maior de grãos/sementes, ocasionando maior rendimento por área.

Relação direta com a nutrição

A nutrição adequada é importante para manutenção da atividade metabólica da planta durante todo o seu ciclo. Podemos dizer que uma planta nutricionalmente equilibrada apresentará tanto melhor formação de raízes quanto da parte aérea, sendo mais capaz de absorver água e nutrientes do solo, formação de massa e acúmulo de reservas que serão utilizados para a formação dos órgãos reprodutivos.

Assim, esse equilíbrio afetará positivamente processos como a fotossíntese e a respiração celular.

Vantagens da nutrição foliar

As principais vantagens da adubação foliar estão na possibilidade de, a partir de um diagnóstico correto do problema nutricional, realizar medidas de correção e prevenção que atuarão mais rapidamente, comparado ao fornecimento do nutriente via solo. Quando aplicados da maneira correta, os nutrientes são fornecidos prontamente disponíveis, sendo rapidamente absorvidos e assimilados pelas folhas e demais órgãos que a calda terá contato.

Por outro lado, é preciso ter consciência que a quantidade de nutrientes fornecida sempre será pequena, não atendendo a demanda da planta como um todo, atuando sempre pontualmente nos órgãos onde é aplicado, ou seja, não apresenta efeito residual direto.

Nutrição equilibrada

Para um bom diagnóstico e tomada de decisão sobre quais nutrientes aplicar, sempre é necessário o conhecimento técnico das demandas da cultura, histórico da área, dados químicos e físicos do solo, manejo realizado na cultura até o momento e, se possível, também a análise química dos tecidos foliares. De posse destes dados, o técnico poderá interpolá-los e realizar um diagnóstico adequado para sua tomada de decisão e recomendação.

Manejo

A recomendação da aplicação foliar de nutrientes deve ser realizada conforme as condições da cultura e área em questão. Assim, deve-se levar em consideração se sua recomendação terá um cunho corretivo ou preventivo. Caso seja corretivo, deverá ser realizado um diagnóstico mais detalhado dos sintomas que a planta apresenta.

No caso da recomendação preventiva, devem-se considerar as necessidades nutricionais da cultura, conforme seu estádio fenológico e as condições do meio, fazendo uso dos nutrientes mais importantes para aquela determinada situação. Assim, não há recomendações fixas ou pré-determinadas, mas sim recomendações diferenciadas para cada caso.

 A nutrição adequada é importante para manutenção da atividade metabólica da planta durante todo o seu ciclo - Créditos Shutterstock
A nutrição adequada é importante para manutenção da atividade metabólica da planta durante todo o seu ciclo – Créditos Shutterstock

Quanto custa?

O custo da prática depende muito das necessidades, do manejo da cultura e dos objetivos que o técnico ou produtor querem atender. Assim, em determinadas situações as recomendações são realizadas para aplicações somente nos estádios vegetativos, proporcionando maior aporte de massa, por exemplo, Mo, Zn, Fe, Mn, Cu, B, ou aplicação de indutores de resistência em condições favoráveis do ambiente para o desenvolvimento de patógenos, por exemplo, os fosfitos, ou o fornecimento de nutrientes envolvidos na redução da senescência foliar, produção e transporte de fotoassimilados, como exemplo o N, P e K no início dos estádios reprodutivos.

Desta maneira, o custo pode variar muito, dependendo da recomendação técnica.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2015  da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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