Nutrição e adubação com boro em eucalipto

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 13h21

Última atualização em 12 de dezembro de 2013 às 13h21

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A redução de produtividade devido à deficiência de boro (B) pode alcançar valores da ordem de 30% (13,5 m3/ha/ano), conforme resultados obtidos em diversas empresas florestais localizadas em Minas Gerais.

Nesse contexto, a aplicação do boro juntamente com as adubações de cobertura ou na forma isolada via solo ao final das chuvas não é suficiente para atender à demanda do elemento em condições de intenso crescimento. Nesse caso, é necessária a correção preventiva foliar, que deve ser realizada nas regiões de cerrado nos meses de maio/junho a julho/agosto, de acordo com o regime hídrico.

Em alguns anos mais críticos de chuva, com déficit hídrico prolongado, o consultor da RR Agroflorestal, Daniel Farias Bianchini, recomenda fazer duas aplicações, uma em maio/junho e outra em julho/agosto.

Função do boro

Bianchini comenta que pouco se conhece sobre a função exata do boro no metabolismo das plantas. Afirma-se que suas funções estão relacionadas ao transporte de açúcares das folhas para os demais órgãos da planta, à formação da parede celular, à divisão celular (formação de gemas apicais, axilares e radiculares), à síntese de lignina e celulose, ao balanço hormonal, à síntese de ácidos nucleicos e proteínas, ao metabolismo dos fenóis e à absorção radicular.

“O boro, de modo geral, é transportado somente no xilema, sendo praticamente imóvel no floema. Essa imobilidade na redistribuição do elemento faz com que os sintomas de deficiência apareçam nos órgãos mais novos e nas regiões de crescimento“, explica o consultor.

Nesses termos, os sintomas em eucalipto caracterizam-se por folhas novas cloróticas (Figura 1A), pequenas e mal formadas, com aspecto de “falta de pedaços“; encarquilhadas e coriáceas, com nervuras extremamente salientes com posterior necrose, dando aspecto de “costelamento“ (Figura 1B); morte da gema apical e seca de ponteiro, seguida de brotações das gemas axilares (Figura 1C), com posterior bifurcação do tronco; caules e ramos retorcidos devido à falta de lignina; rachaduras da casca com presença de goma e necrose dos tecidos; morte descendente do ramo; e achatamento do caule devido à morte do câmbio.

Manejo

A quantidade do nutriente a ser aplicado ao eucalipto deve ter como ponto de partida o conhecimento da fertilidade do solo da região, bem como o seu regime climático.

Com isso, a distribuição deve ser feita de forma equilibrada durante as adubações sólidas de plantio e coberturas ao longo dos primeiros dois anos da floresta. Além disso, são necessárias pulverizações foliares nos meses de déficit hídrico até o terceiro ano de idade da floresta.

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