Momento técnico – Método de formação de mudas em bandejas

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Publicado em 20 de setembro de 2015 às 07h00

Última atualização em 20 de setembro de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Água, Alface, Bandeja, Calha, Irrigação, Poda, Viveiro e muito mais!

 

José Carlos da Silva

Viveirista técnico ” CREA n°170647 / ID

 

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Como já sabemos, nem tudo são flores! É evidente que todo processo ou método desenvolvido pelo homem tem como objetivo o atendimento ao crescimento da humanidade, possibilitando mais conforto na vida e no dia a dia das pessoas.

Em visita e até mesmo em contato com muitos profissionais da área, ouvi relatos das dificuldades encontradas por viveiristas que produzem mudas em bandejas. A fim de esclarecer muitas dúvidas, dedico este momento técnico aos viveiristas do Brasil.

Como já conhecemos as inúmeras vantagens do método de produção e comercialização de mudas em bandejas, para um perfeito entendimento do método de produção de mudas temos que avaliar suas falhas ou deficiências e a forma de amenizá-las.

à Bandejas: possuem células separadas (individual), isto é, não permite a troca de umidade e de nutrientes entre elas e, por se tratar de células pequenas, as reservas de nutrientes são mínimas.

  • § Como superar: implantar um sistema de irrigação por microaspersor, tipo bailarina, com pressão, vazão e alta eficiência na distribuição uniforme da água. Para tanto, recomendo contratar os serviços de um especialista em irrigação.

 

à Efeito guarda-chuva: também chamado de efeito calha, ou seja, durante o crescimento das mudas as próprias folhas direcionam a água ou solução nutritiva para as plantas do lado e estes vão alterando e desuniformizando o crescimento das plantas.

  • § Como superar: durante o verão, principalmente em mudas de alface, ocorre a desigualdade de crescimento das mudas dentro da mesma bandeja. Quando isso é muito intenso, recomendo a aplicação diária de solução nutritiva, a fim de compensar as falhas do método, com a insistência, frequência e volume das aplicações.

Pois bem, sabemos que este assunto é muito vasto, e para explicá-lo detalhadamente haja livros. No entanto, este não é o objetivo do momento. O que pretendo realmente mostrar aos viveiristas do Brasil é uma deficiência (dificuldade) do método de produção de mudas em bandejas.

Entendendo este quesito, tudo vai ficar muito mais fácil, e tenho certeza que cada viveirista terá seu jeitinho para superar tal dificuldade, afinal de contas, somos viveiristas do Brasil!

 

Diferencial no que faz

 

O método de formação de mudas em bandejas é, sem dúvida, até o momento, o que existe de mais técnico e prático para formar e comercializar mudas de hortaliças. Em especial, as bandejas descartáveis lançadas no mercado de viveiros pela Ponte Alta Hortaliças e Florestal possuem em seu projeto uma riqueza de detalhes que faz uma grande diferença no processo de formação de mudas:

ð As estrias contidas nas células foram projetadas para direcionar o sistema radicular na vertical, não provocando enovelamento das raízes. Estas mesmas estrias são distribuídas de maneira assimétrica a fim de evitar o atrito e proporcionar o desempilhamento das mesmas, seja no processo mecanizado ou manual.

ð O ângulo existente entre a parte superior (boca da célula) e o fundo proporciona o saque perfeito do torrão durante o plantio definitivo.

ð A abertura no fundo da célula está na medida correta, a fim de provocar um pequeno atrito para evitar a queda do substrato durante as regas e facilitar a poda área das raízes, sem provocar o enovelamento das mesmas.

ð São produzidas na cor preta, pois estudos provam que as raízes necessitam de pouca luz (escuro) para melhor desenvolvimento.

ð São descartáveis, para garantir sanidade total em mudas, possibilitando e viabilizando a comercialização pelos viveiristas profissionais. O plástico utilizado é 100% reciclável, ou seja, ecologicamente correto.

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