Mercado de sementes de sorgo cresceu 23% em 2023

Em 2023, o mercado de sementes de sorgo floresceu, registrando um crescimento notável de 23%, sinalizando a ascensão promissora desse cereal no agronegócio.

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 14h55

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 14h55

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Recém-concluído, o estudo FarmTrak Sorgo, da Kynetec Brasil, constatou no ciclo 2023 uma elevação de 23% do mercado de sementes de sorgo granífero, da ordem de R$ 289 milhões (2022) para R$ 357 milhões.

Conforme a pesquisa, o cereal, semeado como alternativa à sucessão da soja ou em substituição ao milho segunda safra, também registrou aumento de 7% em área plantada, para 1,25 milhão de hectares, ante 1,17 milhão de hectares.

O levantamento traz o estado de Minas Gerais na posição de principal produtor de sorgo granífero, com 385 mil hectares cultivados ou 31% da área nacional, seguido de Goiás, 373 mil hectares ou 30% e São Paulo, 264 mil hectares ou 21%. Bahia e Mato Grosso somam 9% cada, 235 mil hectares no total.

Em valor, Minas Gerais girou R$ 109 milhões das vendas de sementes do cereal. Já Goiás e São Paulo responderam por R$ 106 milhões e R$ 75 milhões.

Investimento

Conforme o analista de inteligência de mercado da Kynetec, Rafael Perrucci, o FarmTrak Sorgo apurou, ainda, investimento médio de R$ 283 por hectare na compra de sementes do cereal na safra 2023. “Os produtores utilizaram uma densidade média próxima a 202 mil plantas por hectare, equivalente a nove quilos de sementes por hectare”, compara.

Por estado produtor, diz Perrucci, a Bahia detém a maior densidade média em número de plantas de sorgo granífero: cerca de 208 mil por hectare, enquanto o menor indicador do gênero vem do Mato Grosso: 197 mil por hectare.

Na análise pertinente ao ciclo dos híbridos, o FarmTrak Sorgo revela que mais de 60% da área cultivada utilizaram materiais precoces. Outra tendência relevante do estudo se observa no aumento da adesão aos superprecoces, que preencheram em torno de 25% da área cultivada (312,5 mil hectares).

Conforme Perrucci, os agricultores utilizaram, em média, 1,9 híbrido por propriedade. Neste indicador, ele adianta, se destacam a Bahia, com a média de 2,5 híbridos por propriedade e São Paulo: 2,1 híbridos por propriedade.

Para Rafael Perrucci, além de constituir alternativa no plantio em sucessão à soja e ao milho segunda safra, o sorgo granífero avança no país porque implica menor custo de produção e há oferta de cultivares mais rústicas frente a seca e variações climáticas.

A planta serve de matéria-prima para produção de ração animal e outros insumos para avicultura, pecuária de corte, pecuária de leite e suinocultura, por exemplo.

Dados da Conab reforçam que o cultivo do sorgo granífero cresce no Brasil há 30 anos, a uma média anual de 8%, saindo de 150 mil hectares para 1,4 milhão de hectares. “A cultura evoluiu bastante na adoção de tecnologia e em produtividade, que passou de 1,8 tonelada por hectare para 3,4 toneladas por hectare, uma alta de 81%”, finaliza Perrucci.

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