Meliponicultura é mais do que um negócio

Este será o tema central da palestra de engenheiro agrônomo que há 50 anos atua na proteção das abelhas.

Publicado em 29 de abril de 2022 às 07h34

Última atualização em 29 de abril de 2022 às 07h34

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Paulo Conrad, palestrante do 1º Seminário de  Meliponicultura da Região Noroeste
Foto: Divulgação

Conscientizar sobre a importância das abelhas na natureza e de que a meliponicultura não deva ser vista apenas como um negócio é o objetivo do engenheiro agrônomo Paulo Conrad, um dos palestrantes do 1º Seminário de  Meliponicultura da Região Noroeste, que será realizado em Horizontina (RS), entre 29 e 30 de abril. “Há uma simbiose entre as abelhas e as plantas, e sem isso haveria uma produção muito menor de frutos”, afirma.

O engenheiro agrônomo conta que desde muito cedo começou a estudar e a trabalhar com as abelhas. “Iniciei ainda criança, há 50 anos, e numa época em que poucas pessoas, inclusive, de forma anônima, começaram a olhar para as abelhas com um sentimento ambiental, de protegê-las e dar sobrevivência a elas”, conta. Lembra que muitos colocavam fogo e destruíam colméias, saqueavam o mel e deixavam os enxames ao relento. “Naquela época, se começou a colocar as abelhas em uma caixinha, mesmo sem nenhum conhecimento mais profundo”, explica, destacando que nos últimos 15 anos é que iniciou uma mudança nessa cultura de proteção às abelhas.

Conrad também ressalta que todo o conhecimento técnico que se tem hoje foi muito pouco desenvolvido dentro das escolas. “Foi tudo dos criadores, experimentando, desenvolvendo caixinhas, adequando o manejo, ajudando no plantio de vegetais e protegendo as abelhas”, explica. Para ele, o que se vive hoje é uma fase de aproveitamento dos produtos e que já está superada a fase de adequação, como a de aprender a recolocar um enxame, multiplicá-lo sem derrubar uma árvore e colocá-lo dentro de uma caixa. “Não se faz mais isso, nem se quer que seja feito”, esclarece. Além disso, garante que será passado aos espectadores muito conhecimento tecnológico, mas com uma visão ambiental, de defesa das abelhas. “Inseri-las dentro do contexto que elas merecem na natureza”, finaliza.

Além das palestras e oficinas, o seminário contará com a exposição de 25 espécies de abelhas sem ferrão e degustação de diversos tipos de méis. Também será realizado um concurso para escolher o melhor mel de abelhas nativas sem ferrão do Rio Grande do Sul. O primeiro Seminário de Meliponicultura da Região Noroeste tem a realização da Associação dos Meliponicultores do Vale do Alto Taquari (Amevat), Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores de Horizontina e Emater, além do apoio de MaxBem, Agptea e Agronatur. As inscrições para o seminário podem ser feitas nos dias do evento.

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