Meio Ambiente é destaque no discurso do presidente do Brasil na ONU

Bolsonaro deu ênfase em política ambiental brasileira e falou sobre queimadas ilegais na Amazônia ...
Floresta - Fotos: Shutterstock

Publicado em 22 de setembro de 2021 às 09h26

Última atualização em 22 de setembro de 2021 às 09h26

Acompanhe tudo sobre Brasil, Meio ambiente, ONU, Presidente e muito mais!
Floresta – Fotos: Shutterstock

Bolsonaro deu ênfase em política ambiental brasileira e falou sobre queimadas ilegais na Amazônia; advogada especialista em Direito Ambiental analisa impacto das declarações para as relações internacionais do país

O discurso do presidente do Brasil Jair Bolsonaro na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), hoje pela manhã, em Nova York, confirmou a preocupação do governo brasileiro em resgatar a imagem ambiental positiva do país no exterior. Samanta Pineda, advogada especialista em Direito Socioambiental, destacou o peso do meio ambiente e da sustentabilidade para o país no cenário internacional. “Foi realmente muito forte a presença dessa questão ambiental na fala do presidente. O discurso permeou muito esses pontos e o mundo tem cobrado isso dele”, disse a advogada ambiental.

Outros temas ambientais destacados do discurso de Bolsonaro, que ainda devem provocar reações internas e externas, são as menções às terras indígenas, o alcance da legislação ambiental brasileira, as parcerias público-privadas e o mercado de carbono.

Amazônia atrai olhar internacional

Manifestantes protestaram próximo ao evento da ONU com caminhões estampando imagens da Amazônia em chamas e de Bolsonaro. O presidente brasileiro tem recebido muitas críticas internacionais em função das queimadas ilegais, especialmente no bioma amazônico. Ele elogiou a legislação ambiental brasileira como uma das melhores do mundo e reforçou o empenho do governo em prol da preservação, mas apresentou dados distorcidos sobre o desmatamento na Amazônia.

Bolsonaro afirmou que o desmatamento amazônico, no mês de agosto deste ano, foi reduzido em 32% em comparação com o ano anterior. Contudo, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estão fora de contexto, uma vez que apesar da queda real de 2020 para 2021, os índices de desmatamento de seu governo ainda são os maiores desde 2015, quando esse tipo de dado começou a ser mensurado pelo INPE.

Samanta Pineda

A advogada Samanta Pineda é atuante em Direito Ambiental e habilitada como Coordenadora de Gestão Ambiental pela DGQ da Alemanha. Também é professora de Direito Ambiental no MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e de Brasília, no INSPER/SP, na Fundação Escola Superior do Ministério Público do RS e no Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio IBDA (Faculdade CNA) de Brasília. Sócia fundadora do escritório Pineda e Krahn Sociedade de Advogados.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Novas variedades precoces de laranja aliam produtividade e qualidade do suco

2

Aplicação aérea de defensivos agrícolas: é mais vantajoso contratar o serviço ou investir em um drone de pulverização?

3

Conacredi Road Show 2025: Carolina Vergeti conduz discussão sobre riscos no agro em Cuiabá

4

Gowan na Hortitec 2025: onde ciência, propósito e resultado se encontram no campo

5

Feltrin na Hortitec 2025: portfólio renovado e aposta em tecnologia

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Embalagens DaColheita Bio feitas a partir do bagaço da cana, inovação da Termotécnica

DaColheita Bio: inovação da Termotécnica transforma bagaço da cana em embalagens sustentáveis

Cajá - Crédito: Internet

Cajá: como cultivar, quais os benefícios, principais pragas e mais

produção de grãos

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

Mariangela Hungria no laboratório

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial