Manejo para a cultura da melancia do plantio a colheita

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Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 19h57

Última atualização em 10 de janeiro de 2018 às 19h57

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Roberto Dantas de Medeiros

Engenheiro agrônomo, doutor em Fitotecnia e pesquisador da Embrapa Roraima

Admar Bezerra Alves

Engenheiro agrônomo, mestre em Agronegócio e pesquisador da Embrapa Roraima

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A melancia é uma das principais culturas exploradas no estado de Roraima, obtendo-se produtividade média de 21,40 t ha-1 de frutos (IBGE, 2015), a qual é considerada baixa devido ao manejo inadequado, principalmente ao ataque de pragas e doenças, à adubação e ao desequilíbrio na disponibilidade de água no solo, pois durante a estação chuvosa (“inverno“), geralmente, há excesso de água e durante a época seca (“verão“) falta água.

Entretanto, com uso adequado de tecnologia como: plantio na época certa, uso de irrigação, adubação, manejo de pagas e doenças e demais tratos culturais pode-se obter produtividade de 40.000 a 50.000 kg/ha de frutos.

A melancia se adapta melhor ao clima quente e seco, com temperatura do ar na faixa de 25 a 30ºC. Historicamente a temperatura média na região de cerrado no Estado de Roraima é de 27ºC, com umidade relativa do ar média de 70%, precipitação pluviométrica de 1.800 mm ao ano, ventos de 2,5 m s-1 e intensidade luminosa de 2.000 luz mícron-1, com concentração das chuvas no período de maio a agosto.

Assim, nestas condições, a melancia pode ser cultivada praticamente durante todo o ano, sob condições de sequeiro e/ou irrigada. Porém, a época mais adequada para o cultivo sob condições de sequeiro é de junho a agosto e irrigado de setembro a março.

 A produtividade média de frutos gira na faixa de 40 a 50 toneladas por hectare - Créditos Shutterstock
A produtividade média de frutos gira na faixa de 40 a 50 toneladas por hectare – Créditos Shutterstock

Cultivares

Existe um grande número de cultivares disponíveis no mercado, no entanto, essas cultivares devem ser selecionadas, levando em consideração: adaptação às condições edafoclimáticas do local, suscetibilidade às pragas, a preferência do consumidor, a qualidade dos frutos e a facilidade de comercialização.

Portanto, as cultivares que se destacam, principalmente no Estado de Roraima, são: a Crimson Sweet, Crimson Selecta Plus, Santa Amélia, Magnun e a Top Gun.

 

Preparo de solo

No preparo da área de plantio, realizar a correção do solo (calagem e adubação) conforme resultado da análise química do solo e as exigências da cultura. Para tanto, devem-se efetuar duas arações e gradagens niveladoras na área total, nessa fase aplicando o calcário dolomítico para correção, podendo ser localizado aplicado nas covas, nos camalhões ou nos sulcos de plantio da melancia.

Foto 03

Plantio

Os métodos de plantio mais utilizados são: em covas, nos sulcos de plantio e sobre camalhões. As covas devem ter dimensões em torno de 0,35 m x 0,35 m de largura e 0,30 m de profundidade. Os sulcos devem ser abertos na profundidade em torno de 0,35 m e os camalhões devem medir em torno de 0,25 m de altura por 0,8 m de largura.

O espaçamento entre plantas depende da cultivar plantada. Para a maioria das cultivares recomenda-se o espaçamento de 4 m entrelinhas x 1,0m entre plantas (covas), deixando-se uma planta por cova ou por metro de sulcos/camalhões, respectivamente.

A semeadura, geralmente, é feita diretamente na cova, nos sulcos de plantio e/ou nos camalhões, colocando-se de uma a duas sementes por cova na profundidade máxima de 2,0 cm, no espaçamento definido.

Outra forma de propagação é pelo transplante de mudas, produzidas em bandejas de poliestireno com no mínimo 10 cm de altura e cerca de 100 mL de capacidade (volume). Semeia-se uma semente por célula da bandeja. Após seis a oito dias da germinação (emergência das plântulas) deve-se efetuar o transplantio das mudas para o local definitivo, deixando-se uma planta por cova e/ou por metro de sulcos/camalhões, respectivamente.

Os híbridos modernos proporcionam alta produtividade e resistência a doenças - Créditos Shutterstock
Os híbridos modernos proporcionam alta produtividade e resistência a doenças – Créditos Shutterstock

Adubação

A adubação deve ser realizada de acordo com o resultado da análise do solo, em função dos níveis de P e K, utilizando-se tabela de aproximação de resposta à adubação da cultura.

Além de NPK, devem-se utilizar fertilizantes que contenham cálcio, enxofre, zinco, boro, entre outros nutrientes, como por exemplo, FTE BR12 (cerca de 10 a 20 g/planta), bem como esterco de curral curtido (quatro a oito litros por cova) com uma ou duas plantas, respectivamente.

No plantio, deve-se aplicar, de uma única vez, nas covas ou nos sulcos de plantio/camalhões, todo fertilizante à base de fósforo (superfosfato simples, superfosfato triplo, MAP), juntamente com esterco de curral e micronutrientes, independente do tipo de solo, bem como parte dos fertilizantes potássicos e nitrogenados, dependendo da textura do solo.

No caso da área não ter sido calcariada, recomenda-se aplicar também cerca de 300 gramas de calcário dolomítico por cova (espaçamento 2,0m x 4,0m) ou 150 g/m de sulco (1,0m x 4,0 m).

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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