Fertilizantes organominerais para uso em fertirrigação

Crédito Nature Hidroponia

Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 07h28

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h44

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Ricardo Muñoz da Silva

Engenheiro agrônomo, doutor e diretor técnico ” Rhal Ciência e Tecnologia

ricardo@rhal.com.br

Crédito Nature Hidroponia
Crédito Nature Hidroponia

A disponibilização lenta dos nutrientes no solo e o maior efeito residual são características da fração orgânica do fertilizante organomineral e, muitas vezes, são desejáveis no sistema de produção, de modo a garantir um suprimento durante o ciclo da cultura e/ou ano agrícola, prevenindo contra perdas excessivas

Os melhores resultados são alcançados quando o homem imita a natureza e consegue obter a formação de húmus a partir da decomposição da massa vegetal depositada, infestada de microrganismos, vermes, insetos e outros pequenos animais.

Desta forma, ocorre a formação do húmus e a liberação de sais minerais contendo os nutrientes essenciais para as plantas. O húmus que vai sendo gerado combina-se com estes minerais, originando o que se pode chamar de fertilizante organomineral formado naturalmente no solo.

Os húmus também se combinam com os coloides do solo (óxidos de ferro e alumínio e minerais da argila) formando complexo argilo-húmico (Kiehl, 1993).

O que são e como atuam os organominerais

Os fertilizantes organominerais apresentam em sua composição uma base orgânica e nutrientes minerais. Na indústria de fertilizantes as empresas produtoras de organominerais combinam uma ou mais fonte de base orgânica com nutrientes minerais e proteínas vegetais (aminoácidos).

Estes fertilizantes atuam na nutrição e no estímulo ao desenvolvimento das plantas, tendo uma ação não limitada à nutrição, o que eleva a produção agrícola.

 

Opções disponíveis

Os fertilizantes organominerais podem ser encontrados no Brasil na forma sólida, encapsulada e líquida. Para uso em fertirrigação é recomendado o uso da forma líquida passante em malha 150, pelo menos.

A fertirrigação pode ser aplicada de muitas formas e o sistema de gotejamento tem experimentado crescimento a cada ano como forma de se reduzir o consumo de água e perdas.

Crédito Shutterstock
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Vantagens

A adubação organomineral permite melhores resultados que a adubação orgânica ou mineral, e a capacidade de troca dos cátions desse fertilizante é diretamente proporcional à quantidade de substância coloidal húmica nela existente.

Portanto, quanto mais curado o material, maior será o valor da capacidade de troca dos cátions. Assim, o linhito apresenta uma capacidade de troca de cátions (CTC) compreendida entre 180 e 220 cmol.kg-1, a turfa entre 80 cmol.kg-1 e 120 cmol.kg-1 e o esterco bovino aproximadamente 44 cmol.kg-1.

Na fertirrigação, os organominerais estimulam o desenvolvimento das raízes pela presença de ácidos húmicos e fúlvicos e levam à produção de plantas mais estruturadas, produtivas e com uma produção de melhor qualidade.

Entretanto, deve-se sempre levar em consideração a qualidade do material orgânico utilizado, pois quanto mais curado, maior será o valor da capacidade de troca dos cátions.

Como aplicar

Em fertirrigação, se utiliza um ou mais tanque de mistura.Caso haja um berçário para produção de mudas, teremos no mínimo dois tanques com esta finalidade para adição de nutrientes à água de irrigação. Verificar na embalagem se o produto pode ser adicionado no tanque ou se é necessária a pré-mistura.

Resultados práticos

Temos observados aumentos na produção e na qualidade dos cultivos em que se utiliza este sistema.A alface, rúcula e folhosas em geral têm sido as mais beneficiadas, mas este sistema tem sido utilizado com muito sucesso em pimentão, tomate, repolho, couve-flor e morangos.

Atualmente, este sistema é utilizado em café associado ao mamão e em outras culturas.

Mais produtividade

Com a utilização dos organominerais temos observado um aumento de no mínimo 50%, quando comparado à produção convencional tradicional, em que se aplica a adubação e irrigação apenas.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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